quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Papa quer aproximação entre católicos e protestantes para “colaboração na evangelização”



Em 2017 serão completados 500 anos da Reforma Protestante, um marco na história do cristianismo que deu origem a uma das duas principais tradições religiosas dos cristãos ocidentais. Esse movimento surgiu de um rompimento que, a princípio soa como irreconciliável, mas o papa Francisco não se prende a isso em sua tentativa de reaproximação.
Em uma carta enviada pelo pontífice da Igreja de Roma às denominações protestantes Metodista e Valdense, da Itália, há o expresso desejo de que católicos e evangélicos se unam nos objetivos comuns de ambas as tradições.


A ideia de Francisco é que as diferenças teológicas entre católicos e protestantes “não impeçam que sejam encontradas maneiras de colaboração no âmbito da evangelização”, já que o “IDE” ordenado por Cristo abrange a todos.
Francisco diz ainda que os dois ramos do cristianismo precisam colaborar “no serviço aos pobres, aos doentes e aos migrantes e no cuidado da Criação”, e acrescentou que sempre se lembra dos irmãos protestantes em suas orações, pedindo a Deus “o dom de caminhar com sinceridade de coração em direção à plena comunhão”.
Para ele, a aproximação entre católicos e evangélicos permitiria a ambos “testemunhar de modo eficaz Cristo à inteira humanidade, indo juntos ao encontro dos homens e mulheres de hoje para transmitir-lhes o coração do Evangelho”, segundo informações da Rádio Vaticana.
A maneira para que esse objetivo seja alcançado pede uma ação sobrenatural, segundo o papa, que revelou que sempre “invoca o Espírito Santo para que nos ajude a viver essa comunhão que precede a cada contraste”.
O papa Francisco surpreendeu o mundo cristão ao dizer, recentemente, que Martinho Lutero não estava errado quando propôs a Reforma, e que hoje, católicos e protestantes “estão de acordo na doutrina da justificação”.
Ao longo dos últimos séculos, a Igreja Católica deu passos em direção aos temas reclamados por Lutero, não sem antes ter encampado uma verdadeira guerra em perseguição aos protestantes. Por isso, em 2015 Francisco fez uma visita à Igreja Valdense e pediu perdão pela perseguição religiosa no passado, e frisou que sua ambição é ver católicos e protestantes vivendo numa “diversidade reconciliada”.

Fonte:Gospel +

Um comentário:

  1. Andarão dois juntos se não tiverem de acordo?

    Atender a um pedido desses é desprezar a luta de morte de todos os mártires pré e pós reformadores. Que com suas vidas pediram uma reforma profunda no coração da igreja tão imersa nas trevas da segueira espiritual de outrora. A própria igreja não aceitou e nunca aceitará mudar seus dogmas, tradições e costumes antibíblicos que há tantos séculos neles se mantem. Esse pedido do papa parece-me a ação de Constantino no século III da era cristã. A decisão de oficializar o cristianismo como religião oficial do então império Romano. Não seria essa a ideia de Francisco? Tornar oficial o protestantismo que eles tanto tentaram exterminar durante os últimos séculos, em uma ramificação oficial da catolicismo romano? sob a desculta de que temos que ser iguais em boas obras, e cuidado da natureza? Por que a Igreja Católica então não se une aos protestantes em abandono do pecado? em abandono das práticas que as escrituras sagradas candena? por que não derrubar os ídolos da idolatria levantado durante tantos anos para levar o povo inculto a uma adoração vazia e amaldiçoada pelo criador? por que a igreja católica não se une ao protestantismo em renuncia dos desejos carnais e aderem a um estilo de vida cristocêntrico? à renuncia de qualquer outro evangelho (ou ensino) que vá alem do que ja está posto?... são muitos os motivos pelos quais a igreja católica poderia se unir ao protestantismo. Mas...será?

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