quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

QUE SALDO RENDEU O PROJETO CAFÉ ESTE ANO?

 COMPARTILHANDO O AMOR E A FÉ NO EVANGELHO, é um projeto social que foi criando envolvendo a Igreja Cristã  Evangélica de Campo Maior, Igreja de Barras com o Pr. Martim Baumam  com o reconhecimento da Diretoria Regional Nordeste, que tem acompanhado anualmente suas  atividades  nas igrejas e campo por onde tem sido realizado.

Equipes oriundas de várias igrejas tem compartilhado  Amor e Fé,  e sobretudo na área social.  

Este ano entretanto foi uma experiência atípica. A pandemia veio modificar totalmente  toda a estrutura do projeto.  Muito menos pessoas se disponibilizaram para participarem do evento, que se realizou nos dia 15 a 18 de janeiro

Os locais foram: Comunidades de Barras, Cocal de Telha e Porto

Nunca havia sido em tempo tão curto e com tão  pouca participação.























terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Igreja Cristã Evangélica de Campo Maior empossa Gean e Vanessa na congregação de São Luís

 


No dia 10 de janeiro foi feito nossa POSSE na IGREJA CRISTA EVANGELICA do bairro São Luís, em Campo Maior PI. que é o ponto de pregação. Foi muito festivo, muitas pessoas, amigos e visitantes que estiveram pra prestigiar

O culto da posse foi feito as 19:00 onde eu, Vanessa estive dirigindo o culto e o Pr Maná fez a Posse, o Pr Wallison de Porto- juntamente da sua familia, marcaram presença, foi uma benção de Culto.  

Durante o dia do Domingo (10) Foi feita a EBD e organizado uma almoço partilhado dando as boas vindas aos irmãos do Ponto de Pregação.

Ah, e no domingo a noite um casal aceitou JESUS, casal este que nós já temos como ovelhas: Ariel e Luana😇

Vanessa Rocha

Queremos parabenizar tanto os obreiros ( ele Gean como esposa Vanessa)  como a congregação do bairro São Luís, um populoso e carente bairro da cidade.  A Congregação pertence à Igreja que está no bairro Flores e já tem o seu templo próprio em um amplo terreno e casa pastoral construídos pelo missionário Martin Baumann, quando ainda pastor daquela igreja.  

Gean, com formação básica de teologia (CBT Ranho da Lua) e ela cursando o CBB curso dirigido pela Região Nordeste com sede em Batalha.  Os irmãos começaram bem, com a decisão de um casal naquela mesma noite. Um outro irmão já ganho pelos obreiros.  Deus abençoe o ministério de vocês em São Luís.









segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

A CASA DO PAI RECEBE A FILHA RAIMUNDA, ALELUIA

 

Tarefa muito difícil para mim postar neste blog  Repórter de Deus a triste notícia do falecimento de minha irmã Raimunda  Rocha Melo. De uma família de dez filhos, cinco homens e cinco mulheres,  Ela era a segunda filha de Fausto e Altair Rocha. Nascida em 1936, partiu aos 85 anos neste melancólico dia 2 de janeiro. Deus planejou assim, bendito seja o nome do Senhor.

O culto fúnebre foi celebrado no templo onde se congregava e tem o seu quase filho como pastor.  Se existe algo lindo em um velório, foi assim a despedida da minha irmã e quase mãe. Todos os filhos presentes, três pastores, dois padres, irmãos, netos, noras, sobrinhos genros, muitos amigos.

Cada religioso transmitiu uma palavra de consolo como: o Pr. de Piracuruca Samuel Paulino, o de Esperantina Manoel Carlos, O Pe. Oziel Assunção, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil e o Teolólogo Católico Romano Pe. Leonardo de Sales, residindo hoje em Lisboa no último ano de doutorado. Filho de Batalha, quando menino e adolescente frequentou muito a casa de Raimunda.  Em um momento em que todas as atenções foram direcionadas ao sacerdote, Leonardo leu uma crônica escrita na madrugada (03) em que derramou sua alma  expressando sua saudosa homenagem. Ei-la:

  

"Uma canção diz que “Ninguém é de ninguém”, mas em Batalha todo mundo é de alguém. Cresci escutando que a dona Raimunda era do Sr. Cristino, a Clésia era do Agenor, a Fransquinha do José Messias e o seu Manuel era da Lizete! Mas na verdade, prefiro crer que ninguém é deste mundo, mas vivemos em potencialização para ir morar nas moradas eternas.

Assim, na noite de ontem dona Raimunda foi chamada, era uma senhora simpática, sua presença era garantia de alegria, quando alguém for fazer a lista das mulheres elegantes desta terra, citar seu nome será uma obrigação, pois ela estava sempre pronta, enfeitada, com seus colares e joias dependurados em seu pescoço que segurava uma cabeça sempre preocupada com a gerencia de seu matriarcado.

Mãe do Cristino Filho, do Sérgio Luís, da Porcina, da Isabel, da Maria José, da Sónia, da Taizinha e da Georgelice, e avó dedicada de tantos netos, dos que recordo, do Flávio Rangel, meu amigo de infância, da Lorena, e de tantos outros, comadre da minha avó, madrinha estimada do Riba, amiga da minha avó Teresa, e de inúmeras senhoras de sua idade.

Dona Raimunda foi dar gargalhadas no céu!

Minha infância, foi marcada pela sua presença, sempre com seu clã à porta da rua, pelo cair da noite, à espera do vento da Parnaíba, sentada na sua cadeira de fitilho, a deitar gargalhadas e perguntando a quem passava, aos afilhados e meninos da rua, se as comadres estavam bem, e recomendar aos mais afoitos que era hora de ir para casa, ou se tinham ido à escola.

Foi e será sempre a dona Raimunda do seu Cristino, a quem no dia do casamento assim me contou certa vez a minha avó, este pormenor, que quando o padre perguntou se queria casar com o Cristino Melo, ela respondeu prontamente: “quero e re-quequero”, tamanho era o amor pelo simpático e franzino, discreto Cristino Melo, cujos olhos azuis são para mim inesquecíveis.

Nos últimos anos travou uma guerra contra o seu coração, que enfraquecido teimava em querer ceifar lhe a vida, cuja última Batalha perdeu no dia 02 de janeiro de 2021, o coração não aguentou, parou, mas não poderá parar os batimentos dos nossos sentimentos de amizade e admiração pela alegria com que contagiava este quarteirão da Avenida Getúlio Vargas; pela mãe zelosa, avó presente e amiga de todos. Crente no Evangelho de Cristo e discípula do divino Mestre, a quem seguiu em vida as pegadas.

Dona Raimunda revelou-se mesmo ser uma verdadeira Rocha, não só no sobrenome que ostentava, mas na luta que travou contra a doença, suas idas e vindas aos médicos em busca de soluções, foi rocha quando manteve um matrimônio até o fechar dos olhos do esposo; quando na calçada de sua casa era sinal vivo de uma alegria contagiante, mesmo que talvez muitas vezes não tivesse lá tantos motivos para sorrisos.

Filha do Sr. Fausto e da Mãe Rocha, ontem voltou para casa. Todos os fardos foram um nada, se comparados com a doença que heroicamente suportou sobre as asas do seu coração. Todo o sofrimento advindo da doença se tornou oração ou asas com as quais se elevou em direção a Deus.

Querida dona Raimunda queria lhe dizer que já tive medo da morte. Hoje não tenho mais. O que sinto é uma enorme tristeza. Concordo com Mário Quintana: "Morrer, que me importa? (...) O diabo é deixar de viver." A vida é tão boa! Não quero ir embora... Se a vida é uma surpresa, a morte é surpreendente. Jogados nesta existência como resultado de um encontro amoroso entre um homem e uma mulher, lamentamos abandonar o cálido acolhimento do útero, o reino ignaro da consciência, a fruição permanente, o aflorar dos tecidos, dos músculos, dos membros, dos órgãos, do ser. Súbito, na sequência de poucos meses, eis-nos castrados do vínculo placentário e atirados no fluxo planetário. O homem nasce para morrer, já disse alguém.

Morrer, no entanto, não é tudo. Remetidos ao mais profundo dos nossos corações, fonte dos nossos sentimentos e dos valores que emolduram nossas mentes e escolhas, a realidade da morte nos permite aprender uma das mais importantes lições da nossa vida: a invisibilidade dos nossos entes que partiram não é ausência, mas sim uma lição fecundada pela saudade que não passa, pelo amor inesgotável e pela lembrança perene. Estão invisíveis, mas não estão ausentes.

Conheci há mais de quarenta anos, uma senhora, de alta estatura e grande no espírito. O proprietário da casa onde esta senhora morava não queria gastar mais com reparos na casa velha: o beiral estava minado pelo cupim, o encanamento obsoleto.

A notificação não agradou a inquilina, pois gostava dos arredores. De sentar-se à porta de casa, para ver o tempo passar junto com sua parentela. Num dia de ventania percebeu que o vigamento tremia e decidiu pela mudança.

Na ocasião, por sorte, um amigo em idêntica situação, descobrira além-rio um bonito território. Traçou um roteiro para atingir o local e acrescentou que para um investimento ali estava disposto a qualquer sacrifício. Para testificar de maneira concreta a beleza daquela terra prometida mandou vários cachos de uva deliciosos.

Na verdade, a inquilina chegou a se aproximar das margens algumas vezes. Depois desejou encontrar-se com o grupo que cantava louvores ao rei do lado de lá. Acabou se questionando francamente:

– Para que continuar a investir quando estou resolvida a mudar?

E, a casa emprestada do corpo da dona Raimunda, qual um casulo de borboleta, foi apresentando ruínas: um sofrimento tremendo lhe veio ao encontro, com muitas idas e vindas aos hospitais. E com seus anos bem andados anos, nascida em 15 de março de 1935, foi-se convencendo intimamente que um dia seria preciso se mudar.

Por sorte, um amigo dela veio de além-rio para nos falar de um mundo maravilhoso. E até deu para dona Raimunda um roteiro de como chegar lá: O Evangelho. E como antegosto da terra da Promessa, Jesus trouxe um vinho que excede todo sabor e um trigo que é pão dos anjos.

Não temos muita clareza dona Raimunda das coisas de lá. Agora a senhora mais que nós, já pode sanar suas dúvidas quanto ao céu, pois você está nele. Mas, basta-nos saber que é a casa de nosso Pai e que Deus é o seu Sol. Longe das dissoluções desta vida teremos plena certeza, completa, alargada...

A dona Raimunda voltou para casa, que grande notícia, espalhada pelo mundo no dia 02. 01.2021! Ela vai para casa, mas para outra casa. Que diferença entre voltar para a casa em Batalha, a rua em que morava por mais de 60 anos, para uma casa de tijolos e pedras, e ir para a grande casa, a casa da luz, da beleza, da vida, do amor, da esperança! E ela vai diferente.

Para Batalha, ela voltava com o mesmo corpo que sofria, que se cansava, que carregava saudades e tristezas O corpo que sofreu ao ser tão machucado pela doença que enfrentou, que chorou tantas lágrimas, que passou tantas noites sem dormir, preocupada com tantos problemas, que passou pela morte de seu amado esposo Cristino.

Agora, ela também vai para casa, mas com seu corpo glorioso, na transparência de tudo o que construiu na história. Só que, enquanto construía esse corpo aqui na Terra, ele estava vedado, obscurecido por toda a nossa fragilidade.

O certo é que não encontraremos mais a nossa dona Raimunda na casa alugada desde mundo. Ela está do lado de lá onde Jesus preparou uma morada para a sua e nossa fiel amiga. Em eterna primavera em companhia de sua mãe Altair e seu Pai Fausto e de seus amigos e parentes já falecidos.

E Jesus chorou... Diz o Evangelho. Chorou de maneira comovente pelo seu amigo Lázaro. O melhor que um homem pode dar de si, depois de seu sangue, é uma lágrima. Jesus deu por nós as duas coisas: seu sangue e suas lágrimas. Choremos pela dona Raimunda, mas sejam nossas lágrimas de saudades desse grande ser humano que palmilhou o chão dessa terra!

Do céu dona Raimunda sorri e nos consola: “Vós sois o que eu era, e tão logo, sereis o que eu sou”. “Eu sou a ressureição e a vida, quem crer em mim viverá eternamente! Querida dona Raimunda, nosso adeus e até a eternidade!"

Pe. Leonardo de Sales.















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