MARINALDO ROCHA |
Dias antes o Brasil se sagrava bicampeão mundial no Chile, um mês depois começa a guerra fria,(americanos versus soviéticos) tempos tenebrosos. O ufanismo nacional contrastava com o medo mundial. Neste contexto eu vim ao mundo. No semiárido nordestino, no mês de setembro, tempo que a seca causticante teima em assolar o nordestino do extremo sul piauiense.
Hoje fazendo uma retrospectiva da minha caminhada, posso dizer: joguei bola com o Zico no Maracanã, lá fiz os mais belos gols; peguei pênalti do Roberto Dinamite, dei chapéu no Maradona, fiz mais gols de que Pelé. Narrei melhor que Jorge Cury, comentei melhor que Saldanha, na minha escola Galvão Bueno era amador. Já ultrapassei Nike Lauda, Nelson Piquet, Emerson Fittipaldi; Airton Senna não via nem o Azul. Saltei mais que João do Pulo, corri mais Carls Lewis; Usain Bolt na poeira ficou. Nocauteei George Foreman, Mike Tyson e do Holander Holifield fui professor. Fiz mais cesta que Paula, Hortência e Oscar Schmidt juntos, Michael Jordan fui eu que ensinou. Fui mais famoso que os Beatles, mais popular que o Lula, mais poderoso que Barac Obama e mais rico que o tio Patinhas. Escalei o monte Everest, pecorri as muralhas da China a pé e, já atravessei o Atlântico de barco sem motor.
Quem nunca sonhou com eu, que atire a primeira pedra. Afinal, a vida é feita de sonhos, de utopias e de feitos (in)maginavéis. Todavia tudo isso passou, lancei no mar do esquecimento, joguei na lata de lixo, os fiz-os refugos... perderam o valor.
Cinquenta e cinco anos depois, daquele “fatídico dia” sic, eu queria só dizer “TUDO POSSO NAQUELE QUE ME FORTALECE. “ será se posso dizer? Já subi ao monte, mas também já frequentei o vale. E este é frio, úmido, solitário e tenebroso.
Os furacões “Irma e Maria” antes de atingir o Caribe e os EUA, passaram por mim. Minha filha mais nova, que aniversária mesmo dia que eu. Depois de lutas, sacrifícios, noites mal dormidas, choros e lágrimas conclui o curso de medicina. Alguns dias após sofre um grave acidente. Meses depois tomaram meu carro de assalto. No entanto, não procuro culpados, não transfiro culpa, não gero sentimento de raiva e, nem desejo o mal para ninguém. Amo a vida, amo minha família, a que me gerou e à que gerei, amo minha esposa e amo à Jesus, Nosso Senhor!
Contudo ainda, de acordo com o contexto bíblico, não ousarei dizer “tudo posso naquele que me fortalece” mais uma coisa eu sei “esqueço das coisas que para trás ficam e prossigo para o alvo da soberana vocação. “
“Não ando devagar, porque sempre tive pressa” faz parte da minha natureza e, parafraseando Nelson Gonçalves “Só pretendo morrer depois de dois mil e “uns” e se Deus do Céu quiser; sem inimigo nenhum!”
Mais cinquenta e cinco anos, não desejo, absolutamente não, o que eu quero é: “MARANATA”.
MARINALDO foi diácono da Igreja Cristã Evangélica de São Raimundo Nonato - (PI) sendo um dos mais ativos membros, onde por muitos anos é funcionário da Caixa Econômica Federal. Ali criou a sua família. Foi Vereador em sua cidade Dirceu Arco Verde-PI. Tendo sido transferido para a cidade de Floriano - (PI) muito contribuiu com a fundação da Igreja Cristã Evangélica, dando todo o apoio junto com sua família desde os primeiros momentos não medindo esforço e sacrifício. Como um ardoroso AICEBIANO, Marinaldo, casado com a irmã Raimunda hoje reside em Teresina ainda em atividades no seu trabalho. É parceiro do Pr. Metusalém na fundação da congregação da ICE de Buenos Aires, na zona leste da capital, portanto um servo comprometido com a obra missionária e tem conseguido inculcar na família esta mesma dedicação.
REPÓRTER DE DEUS