Olá, amigo. Gostaria de pensar com você, por alguns instantes, sobre algo de suma importância, que fez uma grande diferença na minha vida e creio que o fará também na sua.
Vamos falar sobre a vida – o dom supremo - mas daremos um enfoque muito diferente do costumeiro. O homem situa a sua vida acima de todos os demais bens: o bom nome, status, família, dinheiro, bem-estar, etc. E este fato é tão real, que não raras vezes vemos pessoas gastando todos os seus recursos para salvar ou prolongar a sua vida nesta dimensão terrena
O homem trabalha, economiza e acumula bens materiais visando o seu conforto e felicidade neste mundo. Todavia, quando ele se depara com a doença ou qualquer outra coisa que ameace a sua vida, os demais bens e valores perdem o significado e importância e todos os seus recursos são direcionados à sua saúde, à preservação da sua vida
Comigo não é diferente e creio que com você também, não é verdade? Nós nos interessamos de tal maneira pelas coisas desta vida, que muitos de nós vivemos inteiramente em função dela. Mas isto é natural. A propósito, como vai você? Vai bem no seu trabalho e está contente com a sua remuneração? Considera a sua vida muito valiosa e a preserva? Você está feliz? E a sua família vai bem? Você a ama? Está em harmonia com ela? Tudo isto faz parte do “jogo” da vida, não é verdade?
Continuar
Se suas respostas são positivas, então você está de bem com a vida e fará tudo para conservá-la assim por muitos anos, ou até mesmo melhorá-la. Além da preocupação com a vida, nós nos preocupamos também com a qualidade de vida, pois não vale a pena viver 70, 80 ou 90 anos precariamente. Todas estas coisas são terrenas e transitórias, mas são muito importantes para todos nós.
Ora, se há uma grande preocupação com esta vida terrena que é tão efêmera, e nos apegamos a ela e a amamos tanto, não seria tão bom pensarmos na possibilidade de uma vida muito superior a esta vida daqui e, além disso, eterna? Você já pensou nisto? Creio que você se interessa por este assunto, do contrário não estaria lendo estas páginas.
Se, porém, você prefere não tocar neste assunto, não
continue esta leitura, por favor, pois ela pode causar um grande impacto na sua
vida. Podemos até afirmar que você jamais será a mesma pessoa ao terminar de
ler esta matéria. Mas eu creio que você se importa com a sua vida espiritual e aonde
você vai “passar” a eternidade.
Pois bem, esse assunto de Deus, o arquiteto da vida, moveu o seu coração ao ponto de enviar seu filho Jesus Cristo ao mundo para que tivéssemos vida eterna e abundante. Esta foi a razão por que Cristo veio ao mundo. A Bíblia foi escrita com esta finalidade, isto é, para que homens e mulheres saibam que têm a vida eterna.
Porém, temos descoberto que muitas dessas pessoas religiosas que vão à Igreja, até aquelas que têm feito isto a sua vida inteira, não têm esta vida abundante, e também não estão certas do que vai acontecer a elas quando partirem para a eternidade. Elas têm esperanças, mas não possuem certeza de que irão para o céu viver eternamente naquele lugar maravilhoso, cheio de paz, alegria e prazer, porque na presença de Jesus. Durante muitos anos eu me senti assim. Eu me esforçava, mas não tinha certeza alguma. E com você é assim também?
Ante o seu interesse pelo assunto, permita-me fazer-lhe a seguinte pergunta: Você já chegou a um ponto em sua vida espiritual em que pudesse afirmar, sem sombra de dúvida: “se eu morresse hoje iria para o céu?”
Será que alguém tem condições de saber isto? Não? Isto é impossível saber?
É natural que você pense desse modo. Era exatamente assim que eu pensava. Por muitos anos eu não sabia, nem mesmo me dava conta de que alguém soubesse. Mas permita-me dar-lhe algumas boas notícias: eu descobri que é possível saber e há um grande número de pessoas que, de fato, sabem. É verdade!
Essa foi uma descoberta grandiosa para mim! Na realidade, naquele momento aprendi que esse é o motivo pelo qual a Bíblia foi escrita. Ela diz: “Estas coisas vos escrevi a fim de saberdes que tendes a vida eterna.” (I João 5:13).
Não é uma coisa fantástica!? Pense em quão excelente seria
se você pudesse ir para o seu quarto nesta noite e deitasse a sua cabeça no
travesseiro, tendo a convicção de que se não acordasse no dia seguinte, iria
despertar no céu na presença de Jesus Cristo. Não seria uma alegria inarrável
ter certeza disso?
Gostaria que eu contasse a você como eu fiz essa descoberta e você também pode fazê-la?
Pois bem. É um grande prazer contar. Em verdade esta foi a maior descoberta que já fiz. Esse fato mudou toda a minha vida, e eu não trocaria essa extraordinária experiência e a alegria de dividi-la com outras pessoas por nada neste mundo. É surpreendente como tanta gente tem sede destas coisas, mas infelizmente ninguém tem tempo para explicá-las.
Antes, porém, de entrar no assunto permita-me fazer-lhe outra pergunta. Creio que esta, sem dúvida, cristaliza nosso pensamento sobre a matéria. Esta pergunta me foi muito útil. Certo dia alguém me perguntou:
“Suponhamos que você morresse hoje e comparecesse diante de Deus e Ele lhe perguntasse: por que eu devo permitir que você entre no meu céu?” O que você responderia a esta pergunta?
Essa é uma pergunta e tanto, não acha? Sinceramente ela dá o que pensar. Que resposta você daria?
Se a sua resposta à primeira pergunta foi negativa, penso que tenho uma boa notícia para lhe dar. Mas se sua resposta a essa segunda pergunta foi mais ou menos assim: “eu nunca desejei nem fiz mal a ninguém, ajudo os necessitados, visito os enfermos; nunca matei e nunca roubei, etc., e quem sabe se por tudo isto não mereço o céu”, é certeza absoluta de que tenho uma boa notícia para lhe dar. Na realidade eu diria que nos próximos minutos você vai ler a maior, melhor e mais surpreendente notícia que jamais viu ou ouviu em toda a sua vida. Esta é uma afirmação muito interessante, não?
Muito bem. Deixe-me ver se eu posso cumprir o que prometi. Sabe de uma coisa? Durante boa parte da minha vida eu me senti exatamente como a maioria das pessoas: pensava que o céu era algo que eu ganharia com meus esforços, que eu tinha de merecê-lo guardando os mandamentos e pela obediência às regras e, algumas vezes, eu quase ficava desesperado com tudo isso.
Aí então fiz uma grande descoberta que me deixou completamente estarrecido: o céu não é alguma coisa que se ganhe ou que se mereça, ou ainda, que se trabalhe para conquistá-lo. Mas que, segundo as Escrituras, o céu – a vida eterna – é um presente “totalmente de graça”. Grátis!?
Totalmente de graça! Não é surpreendente? Não é ganho ou comprado por obras ou merecimento
Não é uma conquista, nem uma aquisição, nem uma recompensa. É de graça. De certo modo pensamos que não há nada bom nesta vida que seja de graça. Sempre procuramos pela etiqueta do preço. E talvez isto seja verdade. Mas, graças a Deus, a coisa mais importante e valiosa que o homem pode ter – a vida eterna – é gratuita!
A idéia que temos que pagar tudo está arraigada em nossas mentes desde a mais tenra infância. Na verdade, a maioria das pessoas pensa que chegará ao céu desse mesmo modo. É a idéia do capitalismo, da troca de favores, “do toma lá e dá cá” e é o modo que parece correto a todas as pessoas, não é mesmo? Mas ... Os caminhos do homem não são os caminhos de Deus.
A Bíblia diz o seguinte: “Há caminho que ao homem parece direito, mas ao cabo dá em caminhos de morte” (Provérbios. 14:12). Deus diz que os seus caminhos não são os nossos caminhos (Isaías 55:8 e 9). O caminho de Deus é o caminho da graça. Ele é o Deus de toda Graça. Permita-me mostrar-lhe um versículo bíblico que se encontra no Novo Testamento em Romanos 6:23b: Veja o que ele diz: “...o dom gratuito de Deus é a vida Eterna.” Isso é magnífico, mas sei que suscita muitas perguntas em nossa mente.
Você me perguntaria, por exemplo, como pode ser isso? Como pode Deus fazer isto e ainda ser justo? Quem recebe o presente afinal de contas? Quem o merece? Todo mundo? A Bíblia é clara em responder que não. Na verdade Cristo disse que são poucos os que encontram o caminho e que a maior i a vai, por livre arbítrio, pelo caminho da perdição. Ninguém merece a vida eterna, mas uma minoria a receberá. Pois bem, se não é todo mundo, quem recebe o presente, de que modo o recebemos e como já sabemos que é nosso?
Agora me deixe ver se posso responder todas estas perguntas. É bom esclarecer que o caminho da graça por meio de Cristo, não é somente o caminho certo, mas quando compreendemos o que a Bíblia ensina a respeito do homem e de Deus, vemos que esse é o único caminho pelo qual podemos alcançar o céu.
A primeira coisa que eu entendi foi o que Deus diz na Bíblia acerca do homem, isto é, o que Ele diz de nós, de mim e de você. Ele diz que somos pecadores. Esse é um ponto de partida muito importante, porque nos faz ver a condição em que nos encontramos e como é real essa condição.
O que o homem pode dizer sobre Deus é muito fácil. A maioria diz que Ele é bom, misericordioso, justo e cheio de amor. Agora precisamos saber o que Deus diz sobre o homem, o que Ele diz de nós. É aí que radica o problema. Você gostaria de saber? Então vamos lá. De acordo com a palavra de Deus, o homem tem feito um grande estrago na natureza incluindo a sua própria espécie.
Se saíssemos deste planeta e o olhássemos objetivamente (lá do espaço), confirmaríamos a veracidade desta declaração.Temos poluição do ar, da água e destruição do meio ambiente; temos ódio, inveja, contenda, ira, raiva e cólera; traição e prostituição, vandalismo delinquência, corrupção, assaltos, roubos, estupros, pedofilia; seqüestros, homicídios e crimes comuns, tráfico de drogas; temos sangrentas guerras e combates, e nefastos atentados terroristas suicidas e homicidas ao mesmo tempo, etc. E tudo isso é resultado do pecado.
O pecado é uma doença fatal que atinge toda raça humana. A Bíblia diz: “Não há um justo, nenhum sequer... pois todos pecaram e carecem da glória de Deus... Não há quem faça o bem, não há nenhum sequer. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas sem pastor; cada um se desviava pelo seu próprio caminho.” (Romanos. 3:10, 12 e 23; Isaías 53:6).
Dessa condição nenhum ser humano escapa. Não há exceção. A Bíblia ensina que todos nós pecamos. Certo? Mas o que significa pecar? Pecado é transgressão da lei, tanto de Deus quanto dos homens. Pecar é errar o alvo, é desviar-se do objetivo para o qual Deus nos criou; é ofensa a Deus e/ou ao nosso próximo. Atravessar o farol vermelho, por exemplo, é pecar contra a lei dos homens (lei de trânsito), e quem o faz merece castigo, pelo menos pecuniário e como “dói no bolso!”
Pecamos por palavras, pensamentos, ações ou omissões.
Esse é um triste quadro do ser humano. De fato, a Bíblia o pinta ainda pior. É comparando com esse cenário, que podemos ver o primoroso quadro do Evangelho. O pecado é como um câncer que corrói e arruína a raça humana. E não se pode tratá-lo com êxito até que se admita honestamente a sua existência. Em pensamentos, palavras e ações, todos nós estamos aquém dos padrões que Deus nos tem dado. Jesus disse que pecar por pensamento é o mesmo que pecar por ações.
“Ouvistes o que foi dito... quem matar estará sujeito a julgamento. Eu, porém, vos digo que todo aquele que se irar contra o seu irmão estará sujeito a julgamento... Ouvistes o que foi dito... não adulterarás. Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura no coração, já adulterou com ela”. Pecar por pensamento é estranho, não é? Na lei dos homens não se pune a intenção, mas a ação ou omissão. Mas Deus conhece a nossa intenção, os nossos pensamentos e não apenas as nossas ações, pois Ele “esquadrinha todos os nossos corações e penetra todos os desígnios e pensamentos ...” (I Crônicas 28:9). “Tu pois, ó Senhor dos Exércitos, que prova o justo e vês os pensamentos e o coração...” (Jeremias 20:12ª).
Cristo diz: “Ouvistes o que foi dito: amarás o teu próximo... Eu, porém, vos digo: amai vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem, para que vos torneis filhos do vosso Pai Celeste”. (Mateus 5:21/48). Amar a Deus e o nosso próximo, ainda que este seja nosso inimigo, é condição “1sine qua nom” para sermos filhos de Deus. Jesus Cristo disse com clareza solar
“Não vos deu Moisés a Lei?
Contudo
ninguém de vós a observa (João. 7:19). Você consegue observar toda a
lei de Deus? Eu também não. Temos dificuldade até em cumprir as leis do nosso
país. Quem nunca violou uma lei sequer, pelo menos de trânsito? Quem nunca teve
um pensamento mau, sentiu ódio, raiva, inveja, vontade de estrangular alguém; e
quem nunca pronunciou uma palavra ofensiva ou destrutiva contra o próximo?
Ninguém!
A Bíblia ensina que não cumprimos as Leis de Deus, mas que as violamos todas, senão quase todas; quando não por ações, o fazemos pelo menos em palavras e pensamentos. Há também pecados por omissão: coisas que deveríamos ter feito e não fizemos, tais como: não temos amado, de verdade, o próximo todo o tempo; não temos feito sempre o melhor que podemos; deixar de orar, ou ler a Bíblia, de buscar a Deus e de ir à igreja e alimentar o nosso espírito.
Deus diz na Bíblia que tudo isso é pecado. E agora? Alguém tem condições de dizer que não existem pecados, ou que existem pecados mas que não os tem cometido? Há alguém que nunca pecou? Não há nenhum sequer! Quem ousa afirmar que nunca pecou?
Às vezes fico pensando quantas vezes por dia uma pessoa comum peca. Imagino umas 50 ou 100 vezes ou, quem sabe, mais. JOÃO CALVINO disse que as pessoas não conhecem nem a centésima parte dos pecados que estão ligados à sua alma. Os psicólogos dizem que nós esquecemos 99% de todas as coisas erradas que temos feito, porque não gostamos de nos lembrar de coisas desagradáveis, embora nossas mentes registrem igualmente as coisas boas ou ruins que fazemos.
Vamos supor que uma pessoa tenha pecado somente dez vezes por dia, ou mesmo cinco – ou só três. Ora, neste caso essa pessoa seria praticamente um anjo ambulante. Imagine se uma pessoa não mais que três vezes ao dia tivesse pensamentos maus: ódio, mágoa, inveja, cobiça, lascívia; ou palavras ofensivas, ou ainda, fosse omisso deixando de fazer o que devia para com Deus e para com os homens. Seria uma ótima pessoa, concorda?
Mesmo sendo uma pessoa tão boa assim, teria cometido mais de 1.000 delitos por ano! Se essa pessoa chegasse aos 70 anos (de consciência), teria cometido 70.000 delitos (pecados). Pense o que aconteceria no julgamento de um criminoso num Tribunal, se contasse 70.000 (setenta mil) delitos em sua folha de antecedentes criminais!
O homem é pecador e por esta razão ele viola lei de Deus. Este é o estado do homem e como isto nos impressiona!
A Bíblia vai ainda mais longe, ao ensinar que o nosso estado é agravado por um outro fator que é menos entendido pelas pessoas. É que o homem não pode salvar-se a si mesmo. Ele não pode, por si mesmo, ganhar entrada no céu, isto é, ele não consegue merecer vida eterna praticando as boas obras.
A Bíblia declara taxativamente: “Não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo a sua misericórdia, Ele nos salvou” (Tito 3:5). “Pela graça sois salvos, mediante a fé...” (Efésios 2:8 e 9). Graça é favor imerecido. O salário do homem que trabalha não é considerado favor, mas dívida. O patrão se obriga a pagar. Se você pudesse trabalhar praticando as boas obras para adquirir a salvação, Deus teria uma dívida com você e seria obrigado a salvá-lo (Romanos 4: 3 a 8).
Houve um tempo em que eu pensava que poderia chegar ao céu guardando os dez mandamentos, amando o próximo e ajudando as pessoas menos favorecidas. Entretanto, ocasionalmente eu pensava que teria de fazer estas coisas muito bem feitas, para que pudesse merecer o céu.
Isto seria o mesmo que perguntar na escola qual a nota que preciso para ser aprovado. Você já pensou alguma vez quão bom teria que ser para merecer o céu? Deus diz quão bem temos que fazer essas coisas para entrar no céu. Ele revelou a nota mínima para sermos aprovados na escola da vida. Você sabe qual é essa nota?
Note bem o que Jesus disse: “Sede perfeitos como é perfeito o vosso Pai celeste” (Mateus 5:48). Teríamos que ser perfeitos?
Isso mesmo! Essa é a nota mínima! Como Deus não comete injustiça, ele nos atribui exatamente a nota que merecemos. Deus disse: “Sede perfeitos.” E este não é um preceito isolado. Esta verdade é ensinada ao longo de toda a Bíblia. Disse Paulo, por exemplo: “Maldito todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no livro da Lei, para praticá-las” (Gálatas 3:10). O homem só poderia cumprir toda a lei de Deus, se ele fosse perfeito. Ora, se continuamente não obedecemos ao que Deus determinou, estamos, portanto, sob a maldição de Deus. É o que se infere.
Em outras palavras Tiago diz: “Qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos”. (Tiago 2:10). Se nós cometemos um só pecado, já violamos a lei de Deus, nos tornamos culpados tendo, como conseqüência, a punição. Você não precisa transgredir todos os artigos do Código Penal, por exemplo, para ser um criminoso.
Um único crime, a infração de um único artigo, já é o suficiente para nos tornar infratores da lei e já é o bastante para ter vários policiais à minha procura. Do mesmo modo, um único pecado já nos faz culpados e nos torna transgressores da lei de Deus. Apenas um único pecado?! Sim. Satanás teve apenas um pensamento mau e por isso ele foi expulso do céu (Isaías 14:12/15). Ora, se o céu é um lugar perfeito e santo e puro, como poderíamos nós, seres humanos imperfeitos e limitados, entrar lá pelos nossos méritos? Pense nisso e continue lendo. Deus tem uma bênção para você.
Então ninguém tem chance de ir ao céu?!
É o que parece. Note bem, o que nós dissemos é que a maioria entende que a pessoa vai para o céu simplesmente por tentar ser suficientemente boa. Era exatamente assim que eu pensava. Em outras palavras, é isso que você tem entendido durante toda a sua vida?
Eu também pensava assim. Mas o problema é: o que é ser suficientemente bom? A Bíblia ensina que ser suficientemente bom é ser perfeito! Já vimos isto. Mas isso apresenta um grande problema, não é verdade? Parece que ninguém poderá entrar no céu.
A impossibilidade da salvação pelas obras.
Bem, essa conclusão estaria certa caso esse fosse o caminho para chegar ao céu. Alguém disse com muita propriedade e acerto que “a mais detestável e perigosa heresia que já permeou a mente do homem, foi a idéia de que, de alguma forma, ele conseguiria se tornar suficientemente bom para viver com um Deus totalmente santo e puro”.
Jamais poderemos fazer um bolo com cinco ovos bons e um
estragado e servi-lo às visitas e esperar que elas gostem. Da mesma maneira,
não podemos oferecer nossas vidas a Deus como pagamento pelo céu, pois, ainda
que tenhamos muitas coisas que os homens chamariam de boas, mesmo assim temos
muitos atos e pensamentos “estragados”, de modo que não podemos esperar sejam eles
aceitos por Deus.
Se desejarmos chegar ao céu por nossas boas obras, precisamos atingir a perfeição. O padrão de Deus é a completa obediência a Ele em todo o tempo, e todos nós falhamos nisso. E nós não temos com que pagar a nossa vida eterna. A Rainha Elizabeth I da Inglaterra, quando estava à beira da morte, ofereceu ao seu médico, metade do Império Britânico, caso ele lhe acrescentasse mais seis meses de vida.
Mas a sua grande riqueza não foi suficiente para comprar nem mais seis minutos de vida e o seu médico não poderia lhe dar garantia de mais um minuto de vida sequer. E muito menos nós podemos comprar de Deus a vida eterna por meio de nossas boas obras, porque ela custou para Deus um preço infinito – a vida do seu Filho Unigênito, preço este que nossos méritos não são suficientes para pagar.
Há um caminho totalmente diferente.
Então se alguém vai para o céu, deve haver um caminho totalmente diferente para chegar lá, perguntaria você. Sim, há “o caminho” certo e único.
A Bíblia diz que haverá pessoas no céu. Das palavras do próprio Jesus se conclui que somente uma minoria (dos que viveram, vivem e ainda viverão na terra) entrará no céu. Ele disse: “Estreita é a porta e apertado o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que entram por ela ... Larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz para a perdição e são muitos os que entram por ela” (Mateus 7: 13 e 14). Mas essa minoria representa uma grande multidão que ninguém consegue contar, tendo em conta os trilhões e trilhões de pessoas que passaram e passarão pelo planeta terra. Deus não chama você para ser multidão aqui na terra, mas para fazer a diferença.
A porta larga, que dá acesso à perdição, representa a permissividade, libertinagem a depravação moral, isto é, o caminho fácil dos prazeres carnais, da enganosa e fugaz glória terrena e da falsa paz. Enfim, o caminho sem cruz, sem renúncia, sem transformação e sem mudança de vida, que a grande maioria prefere, mas que, no final, dá em caminho de morte.
Confiar em nossos próprios esforços para sermos bons obviamente não nos levará ao céu. Essa era a religião dos fariseus. Você se lembra do que Cristo disse deles? Ele os descreveu assim: “Confiavam em si mesmos porque se consideravam justos” (Lucas 18:9). Jesus os reprovou, porque queriam entrar no céu por sua própria justiça, e os advertiu dizendo: “... Ai de vós, fariseus, porque desprezais a justiça e o amor de Deus.” (Mateus 11:42 e 43).
Cristo os chamou de hipócritas! Falando dessas coisas a dezenas de pessoas, temos descoberto que a grande maioria delas pretende entrar no céu baseada na sua justiça própria e em suas obras. Mas só pelo amor de Deus é possível ir ao céu. A Bíblia ensina que “há caminho que ao homem parece direito” (Provérbios 14:12).
Parece que esse é o caminho certo para o homem, mas a Bíblia continua “... mas ao cabo, dá em caminhos de morte”, porque o homem escolhe seus caminhos de acordo com seus sentimentos e emoções. É como Deus diz em Jeremias 17:9: “Enganoso é o coração (mente, emoção, intenção, pensamento) do homem mais do que todas as coisas. Quem o conhecerá”.
Qual é, então, o caminho certo? Muito bem. Para entendermos isso, deixemos de falar um pouco sobre o que Deus diz sobre nós, para considerarmos o que ele diz de si mesmo. Antes, porém, reprise-se, que sobre nós Ele diz que somos pecadores e que nós não podemos fazer nada, pelos nossos próprios esforços e méritos, para remediar a nossa condição de pecadores.
Deus é misericordioso. Portanto, não quer nos punir.
Um dos fatos estarrecedores e mais difíceis de aprender acerca de Deus, do nosso ponto de vista humano e limitado, é que Ele nos ama apesar do que somos. Mas Ele nos ama não por causa do que nós somos, mas por causa do que Ele é, pois que “Deus é amor” (I João. 4:8b). Esse amor de Deus se torna ainda mais incompreensível quando nós nos enxergamos exatamente como somos. Aí vemos quão inigualável e infinito é o amor de Deus!
Deus é justo. Portanto, deve nos punir por causa do pecado.
A mesma Bíblia que diz que Deus é amoroso e bondoso, também diz que esse mesmo Deus é justo e reto e deve punir o pecado. Ele disse que é santo, justo e reto; que é tão puro de olhos, que não pode ver o mal, e que a alma que pecar essa morrerá. (Habacuque 1:13; Ezequiel 18:4).
Agora estamos vendo os problemas do homem, pelo prisma de Deus, tais como vistos por um Deus santo, que odeia o pecado e que fica indignado, todos os dias, com o perverso. E por ser um juiz imparcial e justo, ele tem que nos punir por nossos pecados. “Deus não inocenta o culpado.” (Êxodo 34:7b). Ele ameaça visitar as nossas transgressões com açoites e as nossas iniquidades com 2vergões. Não há dúvidas quanto a isto: Deus punirá todos os pecados.
Em nossos corações veríamos com desprezo um juiz que fosse excessivamente parcial e tolerante com os infratores. Se, presenciando um julgamento, víssemos um juiz “passar a mão sobre a cabeça” de um réu seu amigo, autor de vários crimes, gritaríamos: “Condene-o! A Lei tem que ser cumprida e a justiça tem que ser feita”. O Juiz não poderá proteger o réu culpado. Assim é com Deus, o perfeito Juiz. “Não fará justiça o Juiz de toda a terra? (Gênesis 18:25). Deus fará justiça.
Você pensou que Deus fosse todo amor? Somente amor?
Ele é, ao
mesmo tempo, amor e justiça. A justiça sem amor
seria estúpida e cruel; o amor sem justiça seria fraco, inoperante e imprestável. É
oportuno notar que há muitos séculos, antes mesmo que Deus revelasse a
sublimidade do seu amor em Jesus Cristo, Ele afirmou que o seu trono é um trono
de justiça. Ele é o Deus trino, santo e puro que julgará o pecado. Ao longo de
todo o Velho Testamento, seu amor e sua justiça claramente se manifestam e
andam par e passo, ou como diziam os antigos romanos: “3Justitia et misericordia coambulant”, isto é, justiça e misericórdia andam
juntas.
Se Ele fosse somente justiça, todos nós seríamos condenados e pereceríamos. No entanto, Ele é também amoroso e misericordioso. E ainda que ele tenha que punir o pecador, Ele nos ama e não deseja nos punir. Se Deus fosse somente amor, então não haveria problema?
Se Ele
fosse um vovô bonzinho, que é como a maioria das pessoas o imagina, Ele
simplesmente poderia levar todos para o céu. Todos: pistoleiros, assaltantes,
estupradores, traficantes, pedófilos, terroristas, Nero, Judas, Hitler, sem que
eles precisassem arrepender-se de seus maus feitos, nem passar por uma transformação
de vida. Ah! Levaria também até o próprio Diabo e o céu deixaria de ser céu.
Deus somente levará para o céu pessoas transformadas e salvas por ele quando
elas permitem, entregam suas vidas a Cristo e O confessam, diante dos homens,
com salvador pessoal.
Deus poderia simplesmente dizer: na verdade, não foi a minha intenção afirmar que cada um seria punido pela sua iniquidade (Jeremias 31:30). Frise-se que qualquer relacionamento de amor que Deus tenha conosco, deve estar em harmonia com a sua justiça. Em suma: Ele é santo e justo e por isso mesmo deve punir o pecado; mas Ele também é amoroso e misericordioso e não quer nos punir. Com efeito, isto criou um grande problema que Deus resolveu na pessoa de Cristo.
Quem é Jesus Cristo? O infinito Deus-Homem.
Qual é a resposta para esse problema? Deus na sua infinita
sabedoria e misericórdia planejou uma solução extraordinária!!! Jesus Cristo é
a resposta de Deus para a nossa condição. Ele mandou Jesus ao mundo. E todos
celebramos o seu nascimento no Natal. Cristo é a religião de Deus.
Agora eu gostaria de saber a sua opinião sobre Jesus. Quem é Jesus? Que tipo de ser você acha que Ele é?
Muitos pensam que ele foi o melhor homem que já pisou sobre esta terra, um excelente professor, o mestre dos mestres, um grande filósofo, poeta, o maior psicólogo que o mundo já conheceu, sociólogo, comunista e hyppie, já se disse até. Acreditam também que Ele fez muitos milagres. Você também acredita nisso?
É verdade que Ele foi o grande mestre e um homem de milagres. Acreditam que Ele é o Filho de Deus. Mas eu (Moisés) também sou filho de Deus e ele é diferente de mim em muitas coisas. Eu estou muito, infinitamente aquém dele.
A Bíblia ensina que Jesus Cristo – Jesus de Nazaré, o carpinteiro da Galileia é Deus. Ele é o criador do mundo. Foi Ele quem criou todo o universo. Jesus é o Deus todo-poderoso em pessoa! “Todas as coisas foram feitas por ele e sem ele nada do que foi feito se fez e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade” ( João 1:3 e 14).
Isto é uma grande surpresa para muitas pessoas. Não sabem que Ele é o Deus-Filho e que Deus é Pai, Filho e Espírito Santo, e que a Trindade é um só Deus, ou no dizer da Confissão de Westminister: “Na unidade da Divindade há três pessoas de uma mesma substância, poder e eternidade” (vide João1:1 a 3 e 14).
O QUE CRISTO FEZ: morreu na cruz e ressuscitou dentre os mortos, para pagar a pena por nossos pecados e para comprar um lugar no céu para cada um de nós, o qual nos oferece gratuitamente.
O Deus-Filho tornou-se homem. Isto é o que chamamos de encarnação. É isto que comemoramos no Natal. Deus se tornou homem por ter um grande e nobre propósito – se identificar com o ser humano. Ele deixou o seu lar na glória e nasceu na humildade de um estábulo; sua vida terrena foi pura e perfeita. Ministrou ao mundo os maiores ensinamentos e realizou as maiores obras. Então chegou o fim da sua vida terrena. A hora de cumprir o seu propósito aqui, isto é, pagar o preço dos nossos pecados. Quantos seriam?
O que significa isto?
Veja esta ilustração: imaginemos um livro em sua mão direita e que ele contenha o registro minucioso de toda a minha vida. Tudo que tenho feito: cada palavra que eu já falei e cada pensamento que já passou pela minha mente. Algum dia, a Bíblia diz, os livros serão abertos. Então será revelado tudo sobre nossas vidas.
Então as coisas escondidas das trevas se tornarão manifestas. Aquilo que se disse ao ouvido será proclamado desde os telhados (I Coríntios 4:5; Mateus 10:27). Todos saberão tudo sobre nós: tudo o que pensamos ou fizemos; todos os nossos motivos ocultos, todos os nossos segredos e todos os nossos pecados, a maioria dos quais nós esquecemos. De quantos pensamentos você consegue se lembrar de 20 anos para cá? Poucos?
Disse o poeta cristão Knowles Shaw:
“Tua vida, ó amigo,
Nesta hora escrita está;
O registro dos teus atos Deus, no céu, escreve já...”
A multidão dos nossos pecados.
Dizem os psicólogos que dez mil pensamentos povoam nossa
mente em um único dia. Isso equivale a 3.650.000
(três milhões e seiscentos e cinqüenta mil) por ano! Para lembrar apenas de
1% do que se passou durante um ano, a pessoa teria que lembrar-se de 36.500 pensamentos. E 1% dos últimos 20
anos, corresponde a 730.000
pensamentos.
Alguém já disse que uma consciência limpa é, muitas vezes, o resultado de uma memória fraca.
Se temos que dar conta de cada palavra inútil, ofensiva e torpe, quantas seriam? Nós dizemos milhões a cada ano. Quem sabe? Deus sabe! Todas as coisas são escritas em seu livro. E um dia os livros serão abertos. Estou completamente convencido de que se qualquer pessoa for julgada de acordo com as coisas registradas no livro de sua própria vida, será condenada. Estou certo de que isso se aplica também à minha própria vida (Moisés Aires Alves).
Aqui está, então, o problema: meu pecado. Deus me ama, mas odeia o pecado e deve puni-lo. Para resolver esse problema, Deus enviou o seu Filho amado a este mundo. A Escritura diz: “Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada uma se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele (Cristo) a iniquidade de nós todos” (Isaías 53:6). Portanto, todos os meus pecados e culpas foram lançados na conta de Cristo. Todos os meus pecados que Deus odeia foram colocados sobre seu Filho amado. Cristo carregou os nossos pecados sobre o seu próprio corpo, na cruz (I Pedro 2:24).
Então eu li na Bíblia algo que, na qualidade de pai, fiquei impressionado. Foi o fato de que Cristo foi “ferido de Deus e oprimido. Todavia ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar” (Isaías 53:4b e 10a). O sofrimento de Cristo agradou ao Deus-Pai? Sim. O filho satisfez a exigência do Pai, sofrendo em nosso lugar. O que significa sofrer infinitamente? Isto é incrível, mas não é possível externar com palavras. Mas de uma coisa eu sei: Cristo fez tudo isso por mim e por você. É isto que importa.
Está consumado!
Na cruz Jesus suportou a ira de Deus. A ira infinita de Deus. Até o sol escondeu a sua face (fez-se noite às três horas da tarde), quando o Deus-Homem expirou e desceu ao inferno por nós. Finalmente, quando o último pecado foi pago, Cristo deu o brado de vitória: tetélestai (grego). Isto significa: a dívida está paga, tudo está consumado.
“O salário do pecado é a morte” (Romanos 3:23), ou a ira de Deus. Mas Jesus disse: Está pago! E disse mais: “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar” (João 14:2). Cristo ressurgiu triunfantemente da sepultura, e com o seu sofrimento na Cruz Ele comprou um lugar no céu para mim e você. Tudo está comprado e pago. Cristo fez a obra na cruz perfeita, completa e acabada.
Não adoramos um Cristo morto, mas um Salvador redivivo, e cheio de glória, poder e majestade (João 1:10). O fato mais importante de toda a história da humanidade é que Cristo ressuscitou dentre os mortos e é o Senhor da vida! Mas este não é apenas o fato mais importante da história. É, também, o fato diante do qual todos os demais se tornam insignificantes. É fato comprovado. Durante 40 dias, aproximadamente, Cristo se apresentou vivo a centenas de pessoas em meio a muitas provas insofismáveis.
Durante muitos séculos homens incrédulos (céticos) têm tentado provar que Cristo não ressuscitou. Porém cada tentativa de um cético (ateu) tem sido desacreditada por outro cético, até que todo esforço se desmorona diante do fato irrefutável do túmulo vazio. Os restos mortais de outros líderes religiosos estão em suas respectivas 4catacumbas, como, por exemplo, Buda e Maomé. Mas o túmulo de Cristo está vazio! Mediante sua inacreditável vitória sobre a morte, agora Ele nos oferece vida eterna. Glória a Deus, Aleluia, Amém!!!
O presente de Deus.
Durante uma grande parte da minha vida eu pensei que se um dia eu fosse morar no céu, teria que merecê-lo. Minha vida deveria ser melhor. Ou em outras palavras: com minhas obras eu compraria o bilhete de ingresso e com ele eu entraria pela porta do céu. Mas fiquei surpreso ao saber que não é assim, embora minha vida tenha que ser cada vez melhor e eu deva praticar sempre o bem – as boas obras.
Eu não preciso pagar pelo céu, visto que Jesus já pagou o preço e eu posso ter a vida eterna como um presente. Você poderia, por acaso, pagar na loja uma dívida que já fora paga por outra pessoa, ou pagar por um presente? Atente: “O salário do pecado é a morte, mas o Dom gratuito de Deus é a vida Eterna em Cristo Jesus” (Romanos 6:23). Esse é o Evangelho de Cristo.
Evangelho das grandes e boas notícias da fé cristã. Deus nos oferece o céu como um presente porque foi pago por Cristo. O Evangelho de Cristo significa boas novas. Não é “faça”, mas, sim, “está feito”. Jesus fez tudo. Para muitas pessoas isto é uma grande novidade, e para outros parece um absurdo.
Contudo, Deus diz na Bíblia: ”Pela graça (favor
imerecido) sois salvos mediante a fé; e isto não vem de vós, é Dom (dádiva) de
Deus; não de boas obras para que ninguém se glorie” (Efésios 2:8 e 9).
Deus não dá sua glória a ninguém! Só Ele é digno de toda glória, honra e
louvor!
Mas você me perguntaria: o que significa Graça? E eu responderia: Graça é a riqueza de Deus que obtemos mediante o preço pago por Cristo na cruz. A sua riqueza se manifesta em perdão, céu, vida eterna, paz, alegria, certeza e amor de Deus. São favores imerecidos, todos às custas de Cristo.
E esta é a maior riqueza que você pode obter, porque tem valor eterno. O preço pago por Cristo se vê nos açoites, no monte Getsêmani, nas zombarias, na coroa de espinhos, nos cravos nos pés e nas mãos, no furar do seu lado, na ira de Deus e no próprio inferno. Jesus pagou tudo! Tudo devo a Ele. É pela graça que Ele nos oferece vida eterna.
Mas ... Quem recebe esse presente? Todo mundo? Não, embora ele seja oferecido a todos. A Bíblia diz que minoria encontra o caminho da vida e que a maioria caminha para a perdição. Em ambos os casos por livre arbítrio.
Como, então, poderemos receber esse presente?
Isto nos conduz a quarta e última coisa que precisamos compreender: é pela fé que recebemos o presente de Deus. A Bíblia diz: “Pela graça sois salvos, mediante a fé” (Efésios 2:8). Fé na obra redentora e salvívica de Cristo.
A fé é a única chave que abre a porta do céu. Você pode ter um chaveiro com muitas chaves. Todas se parecem. Mas se você tentar abrir a porta da sua casa com qualquer uma delas exceto com a chave certa, não vai conseguir. A chave certa da porta do céu é a fé salvadora e não há nada mais neste mundo que a abra. “Sem fé é impossível agradar a Deus” (Hebreus 11:26).
Muitas pessoas confundem a fé salvadora com assentimento intelectual e fé temporal. Á grosso modo ambas são 5simílimas Mas examinando-as de perto veremos que há grande diferença.
A primeira coisa que as pessoas confundem com fé salvadora é um assentimento intelectual de certos fatos históricos. Você acredita em Deus? Você me responderia: é claro que sempre acreditei! Mas o só acreditar que Ele existe e conhecer muitos fatos sobre Ele, não é suficiente para nos assegurar vida eterna.
Eu também sempre acreditei em Deus. Mas esse tipo de crença não é o que Deus chama, na Bíblia, de fé salvadora. Eu cri em Deus durante toda a minha vida, mas por muitos anos eu não possuía a vida eterna.
O diabo também crê em Deus! Isto parece absurdo e antagônico, não é?! Mas é verdade. A Bíblia diz: “Crês tu que Deus é um só? Fazes bem. Até os demônios crêem e tremem” (Tiago 2:19).
Por conseguinte, crer em Deus não é o que a Bíblia chama de fé salvadora. Certa vez os demônios que possuíam o corpo de um homem 6gadareno disseram a Cristo: “Que temos nós contigo, ó Filho de Deus? Vieste aqui atormentar-nos?” Até os demônios crêem na divindade de Cristo! Mas eles, obviamente, não estão salvos! É ledo engano pensar que este tipo de fé nos leva ao céu.
Fé verdadeira e salvívica pressupõe três elementos: conhecimento dos fatos, aceitação deles como verdadeiros e confiança. Você sabe, por exemplo, que D. Pedro I existiu porque é fato histórico. Isto é conhecimento. Reconhece que é verdade – aceitação. Mas não confia nele hoje, visto que ele está morto e nada pode fazer por você. Do mesmo modo não adianta nada crer em Deus e não confiar nele no tocante a nossa vida eterna.
Ganhar o favor de Deus pelo que sabemos respeito de um Cristo histórico e crer nele como o Filho de Deus, que Ele nasceu da Virgem Maria, fez milagres e que morreu e ressuscitou, isto seria mero intelectualismo. Embora isto seja um tipo de fé, não é o que a Bíblia chama de fé salvadora.
Há pessoas também que reconheceram sua culpa diante de Deus, e trouxeram seus pecados aos pés da cruz do Calvário. Elas olharam para o Cristo crucificado e O receberam como Salvador de suas vidas. Elas deram ouvidos às suas últimas palavras na cruz: “Está consumado!”, e apesar de tudo isto ainda duvidam se são realmente salvas. Por quê? Em quem elas estão confiando? Continue a leitura e você vai obter as respostas a estas indagações.
As pessoas também confundem a verdadeira fé salvadora com fé temporal. Você, por exemplo, já deve ter orado/rezado a Deus muitas vezes, não é mesmo? É possível que você faça isto todos os dias. Isto é muito bom.
Você já teve problemas que entregou a Deus e confiou que Ele resolvesse, e é possível que tenha resolvido. Talvez você me diria: a vida seria insuportável sem oração.
Podemos até citar algumas possíveis situações em que confiamos em Deus: quando os filhos, pais e irmãos adoeceram ou mesmo você; quando os negócios iam mal, o dinheiro andava curto e você ficou endividado. Que tal uma pane no avião? Eu sempre tenho pedido a Deus por todas estas coisas e creio que você também. Nesses casos percebe-se que tínhamos mais uma fé voltada para os interesses materiais. Você confiou nele, de verdade, em todas essas situações e para coisas mais desta vida terrena.
Você precisou submeter-se a uma cirurgia. Você provavelmente confiou em Deus antes de tomar decisões importantes, possivelmente até orou/rezou para que Ele o protegesse durante uma viagem. Poderíamos citar outras coisas mais.
Entretanto, é claro que todas estas coisas são boas e devemos confiar em Deus quanto a todas elas. Mas, como se nota, nem mesmo estas coisas são fé salvadora. Podemos, então, afirmar que quando você e eu confiamos os nossos problemas financeiros ao Senhor Deus tivemos fé-financeira; quando confiou nele para que cuidasse de sua família, fé-familiar; quando para tomar decisões, fé-decisiva; nas viagens, fé-viagem. E assim, sucessivamente.
Nota-se claramente que há um elemento comum a todas estas coisas que é a transitoriedade. São todas temporais. Coisas deste mundo que vai se acabar, não é claro? Coisas desta vida terrena e efêmera. Tenho conversado com dezenas de pessoas que confiam em Deus no que diz respeito a todas essas coisas fugazes.
Contudo não confiam em Deus para a vida eterna, isto é, não crêem que podem ser salvos aqui e agora. Atente que há uma vida além-túmulo e fé salvadora diz respeito a esta vida transcendente – existência feliz na eternidade. Vale dizer, devemos confiar em Deus para todas aquelas coisas materiais, mas principalmente no que concerne a sua vida eterna e abundante.
Há quem pense que a salvação é determinada pelo que sentimos. Isto seria emocionalismo ou sentimentalismo. O sentimento é um sinal de que algo diferente está acontecendo no nosso interior, mas isto não é prova de que seja algo verdadeiro e bom. Pode ser um engano. Como veremos adiante a vida eterna é centrada em fato e não em emoções. “Enganoso é o coração do homem mais do que todas as coisas. Quem o conhecerá? “ (Jeremias 17:9).
Fé salvadora é confiar tão somente em Cristo para a vida eterna e não apenas no tocante às coisas materiais desta vida, repita-se. É confiar que Ele lhe pode dar vida eterna. Cristo disse: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz e eu lhes dou (não é lhes darei, nem lhes venderei) a vida eterna. Todo o que crê em mim não perece, mas tem a vida eterna” (João 3:16 e 10:27 e 28). É natural que as pessoas estejam mais preocupadas com o imediato e os bens materiais. Não se importam muito com a sua alma imortal e com a sua vida na eternidade.
A Bíblia prevê esta tendência humana. Veja o que disse o Apóstolo Paulo aos Colossenses 3:2, 7ipsis verbis: “Pensai nas coisas que são de cima (eternas), e não nas que são da terra.” Acrescente-se aí o que disse Paulo aos corintos em I Coríntios 15:19: “Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida (terrena), somos os mais infelizes de todos os homens.” Esta é a razão por que muitas pessoas andam inquietas, aflitas, nervosas, infelizes agressivas e amarguradas e desesperançadas. É a incerteza do amanhã. Só têm certeza nas coisas desta vida, “do aqui e agora”, mas nem sempre (veja nº 7 no rodapé).
Você já havia pensado a respeito do que significa confiar somente em Cristo para a vida eterna? Eu não, pelo menos durante muito tempo. Eu confiava em Jesus Cristo para isso ou aquilo, mas confiava em mim mesmo para a vida eterna. EU tentei viver uma vida correta. EU tentei guardar os mandamentos de Deus. EU tentei amar as pessoas como a mim mesmo. EU ajudei as pessoas menos favorecidas, etc. Era “eu, eu, eu, eu e eu...” Só dava “eu” (meu eg).
Em quem eu estava confiando? Em que você está confiando para alcançar a vida eterna? Lembra-se do que você tinha em mente quando lhe fiz esta pergunta momentos antes? Você diria como muitas outras pessoas: eu faço o melhor que posso, eu tento amar todas as pessoas e viver honestamente; eu não mato, não roubo. Eu tento fazer tudo isto. Você entendeu? Creio que sim.
O mundo está vivendo a era da exaltação da criatura ao invés do criador (Rom. 1:25), da autoestima alta, da falsa auto-suficiência e do ego: eu quero, eu posso, eu sou e eu mereço, esquecendo-se que sem Deus nada somos. Só Deus é o grande EU SOU. Cristo disse em João 8:58: “Antes que Abraão existisse EU SOU”. Só ele pode todas as coisas e para ele não existe nada demasiadamente grande, nem impossível (Gênesis 18:14).
Todavia, fé salvadora é confiar somente em Cristo para a vida eterna, depender somente dele e do que Ele fez para eu entrar no céu e não nos meus esforços. Mas isto não anula os seus méritos nem resulta em autoestima baixa. Espere um pouco. Eu explico. A Bíblia diz: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito para que todo aquele que nele crê não pereça mas tenha a vida eterna.” (Jo. 3:16).
É confiar somente em Jesus Cristo para a vida eterna e não em nossas boas obras. Isso é fé salvadora. Arrepender-se dos seus pecados e confiar em Jesus Cristo para a vida eterna e não apenas para as coisas desta vida. Não adianta você conhecer a Bíblia toda e estudar a respeito de Cristo em grego, hebraico, latim, francês, inglês, alemão, etc. e confiar em Moisés, Pedro, João, ou em outro ser qualquer para vida eterna (acrescente aí o seu nome). Coloque em Cristo cem por cento da sua confiança.
Veja a seguinte ilustração: você só se senta em uma cadeira, porque confia que ela pode agüentar o seu peso. Você não questiona se ela é forte, qual seu projeto de fabricação, o tipo de madeira e quem a fabricou. Mas você só saberá se ela é forte o suficiente para sustentar seu peso, sentando-se nela. Isto é confiança. Era assim entre mim e Cristo. Eu acreditava que Jesus existia.
Eu acreditava que Ele era divino. E assim como você, eu acreditava nele para me ajudar nos problemas financeiros e de saúde. Mas fé salvadora é confiar em Jesus Cristo também para a vida eterna. Algumas pessoas sequer pensam em sair de casa sem pedir a proteção do Senhor Deus. Contudo, no que concerne ao seu bem-estar eterno, elas estão confiando em seus próprios esforços.
Fé salvadora que transcende para a vida eterna, significa COLOCAR NOSSA CONFIANÇA tão só em Jesus para obtermos vida eterna – entrada no céu.
Posta assim a questão, é bom dizer que eu só exerci fé salvadora quando, arrependido dos meus pecados, transferi a confiança que eu tinha em mim mesmo para Jesus; do que eu vinha fazendo, para aquilo que ele fez por mim na cruz. E isto ocorreu por um simples ato de fé.
“Eu estava sentado na cadeira que representa meu eu, com meus méritos, na qual permaneci durante muitos anos”. Então “eu me transferi para a cadeira que representa Cristo” e nele depositei a minha confiança. Não confio mais (para a minha salvação), em Moisés Aires e nas coisas que eu fiz e tenho, mas confio naquilo que ele é e fez por mim.
É nisso que consiste a nossa paz, felicidade e certeza de vida eterna, e não na confiança em minhas boas obras, orações, minhas idas à igreja, meus dízimos, ofertas e no meu amor ao próximo, embora tudo isto seja muito importante e deva fazer parte indispensável da minha vida. Confiar no que fazemos para herdar a vida eterna, seria moralismo. Mas é pelo que Cristo fez, como já vimos.
Agora que já sabemos o que é fé salvadora, você me perguntaria: como adquiri-la? Muito bem. Segundo a Bíblia, a fé salvadora não é algo natural. Ela é sobrenatural, e é gerada pela atuação de Deus no coração do homem, quando este ouve a sua palavra e crê, incondicionalmente, na obra redentora de Cristo na cruz, como está escrito: “Logo a fé é pelo ouvir e o ouvir pela palavra de Cristo.” (Romanos 10:17);
“... quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não entra em juízo, mas já passou da morte para a vida.” (João 5:24). O mesmo ocorre com aquele que lê a Palavra de Deus. João assim verberou em Apocalipse 1:3: 8bem aventurado aquele que lê e aqueles que ouvem as palavras desta profecia e guardam as coisas nela escritas, porque o tempo está próximo. É a paráfrase. Você ouve e lê a Palavra de Deus?
Não se pode perder de vista que, como todos nós somos finitos, limitados e falíveis pecadores, não temos completa confiança em nossas boas obras. É por esse motivo, também, que elas não nos garantem certeza de vida eterna. Não é verdade? Você, apesar de ser uma boa pessoa: trabalhadora, honesta e praticar o bem, não têm certeza de que tudo isso seja suficiente para sua entrada no céu quando partir desta vida.
A quase totalidade das pessoas com quem tenho falado, não tem certeza de que suas obras sejam suficientes. Elas dizem: talvez, Deus é quem sabe disso (lembre-se que Cristo veio para que eu e você possamos saber. Se você pensa que as boas obras são insuficientes para salvá-lo, você está absolutamente certo. Sabe por quê? Porque todos nós pecamos e não podemos, pelo nosso esforço ou sacrifício, expiar o nosso próprio pecado, nem outra pessoa qualquer. Só Cristo fez isto por nós.
Alguém me disse que confiava em suas boas obras para entrar no céu, mas quando eu perguntei: então você tem certeza de que quando morrer irá para o céu? Ela respondeu: não! Ela foi sincera, vez que a fé nas boas obras é insuficiente ou deficiente para nossa entrada no céu. Não podemos confiar na incerteza.
É clarividente, portanto, que as boas obras não lhe dão essa garantia, mas Cristo lhe dar garantia e certeza se você, pela fé, receber de graça a vida eterna. Você empreenderia uma grande viagem sem certeza do seu destino? Embora, de certa forma, muitas pessoas “confiem” nos seus méritos, estão incertas e inseguras, o que significa desconfiança.
Mas quão insondável é o amor de Jesus que está pronto para nos receber do modo como estamos, para nos limpar, perdoar e nos dar (não vender ou trocar) vida eterna feliz e abundante já nesta vida e pelos séculos infindos da eternidade!
Ações certas e motivos errados
Você tem aí uma caneta? Segure-a com a mão direita. Isso... Só há duas possíveis relações que podemos ter com ela: ou você tem a vida eterna do mesmo modo que sua mão direita tem a caneta, ou você não a tem, assim como sua mão esquerda não tem a caneta. Não existe um meio termo. Você tem ou não tem.
Se você não tem certeza da vida eterna mas crê que ela existe e que é algo excelente, vai querer possuí-la. Então fará tudo o que puder: amar ao próximo, ir à igreja, ler a Bíblia, orar, rezar, dar dízimos e ofertas, dar esmolas, fazer caridades, etc. Então você dirá: “Senhor Deus, aqui estão todas as coisas boas que eu tenho feito e tudo o que sou. Espero que sejam suficientes para eu entrar no céu.
Não obstante sejam boas ações e que devemos praticá-las, o propósito de todas estas coisas é ter vida eterna. Há, portanto, uma intenção egoísta por detrás de suas ações, ou seja, comprar o céu. Isto não seria fruto do amor a Deus e ao próximo, mas do amor próprio, egoísmo (amor a si mesmo), interesse próprio, pensando num retorno e não seria altruísmo, que é amor ao próximo e a Deus.
Por esta razão não conseguirá vida eterna. Ademais, reprise-se, é bem verdade que são coisas boas, mas esse não foi o meio que Deus escolheu para que alguém seja salvo, visto que os seus caminhos não são os nossos caminhos, nem os seus pensamentos os nossos pensamentos. Os seus caminhos e pensamentos são mais altos que os nossos.
A Bíblia diz que Deus veio ao mundo, em carne, em forma humana na pessoa de Jesus Cristo, e que ele pagou na cruz por nossa vida eterna, um preço infinito. Sendo assim tão bondoso, ele nos oferece vida eterna de graça (favor imerecido). Mas esse presente só pode ser recebido pela fé. Eu o recebi há muitos anos atrás. Eu não o merecia, nem o mereço agora e jamais o merecerei. Mas ele é meu! Apenas “estendi a mão” e o recebi. Foi pela inaudita graça de Deus e seu infinito amor.
Daí se depreende que não precisamos praticar as boas obras para herdar a vida eterna. Então não precisamos praticar as boas obras? Perguntaria você. Eu responderia: devemos praticá-las, sim. Deus nos criou para as boas obras e elas devem pautar todo o nosso viver (Efésios 2:10). Elas só não servem para comprar um lugar no céu, visto que Jesus Cristo já o comprou e pagou o preço por nossa redenção. Então qual é o papel ou o lugar das boas obras? Elas têm o seu devido lugar e valor. Deus as colocou, de forma muito inteligente, no lugar certo. Vejamos a seguir. Elas são uma grande bênção na nossa vida.
O motivo para a prática das boas obras.
Por que
devo viver em obediência a Deus, amando-o sobre todas as coisas e o próximo
como a mim mesmo andando, destarte, na prática do bem? A razão para esse viver correto é a gratidão. Você não estará
tentando ganhar alguma coisa pelo seu esforço em ser bom. Você só estará dizendo: “muito obrigado, Senhor pelo
presente de vida eterna”. Entendeu?
Deus reconhece suas boas obras nesta vida e o abençoará por isso aqui na terra. Todavia, elas não são suficientes para comprar o céu. Elas lhe trarão benefícios aqui na terra, mas só lhe trarão benefícios na eternidade, se você receber a salvação de graça. Neste caso, sim, os seus bons feitos transcenderão para eternidade e você receberá infindável recompensa por eles.
Deus há de julgar nossas obras não para decidir se nós entraremos ou não no céu, mas para atribuir prêmios eternos àqueles que receberam o perdão de Deus e a vida eterna gratuitamente. Eis aí o lugar das boas obras. O motivo delas é gratidão pelo presente de vida eterna e o nosso amor a Deus e ao próximo, e não barganhar com Deus. É o amor de Cristo que nos constrange a praticá-las (II Coríntios 5:14) e não nosso interesse e o nosso esforço para entrar no céu.
Se você pudesse, com suas boas obras, pagar o preço da vida eterna, você seria o seu próprio salvador e estaria competindo com Cristo que é o nosso único e suficiente salvador. Assim escreve Lucas, a respeito de Cristo, em Atos dos Apóstolos 4:12: “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens pelo qual devamos ser salvos.” Cristo reivindicou para si o poder e o direito exclusivos de nos salvar.
A maioria das pessoas pensa que é indispensável o cumprimento de deveres e rituais religiosos específicos a fim de que a pessoa se torne aceitável a Deus. Mas o cristianismo não ensina que as boas obras podem nos tornar aceitáveis a Deus.
Nenhuma realização humana ou atos de bondade podem preencher a lacuna entre a perfeição de Deus e o nosso imperfeito agir cotidiano. As boas obras são muito importantes e necessárias, mas não é demais repetir que elas não nos conferem, nem nos asseguram vida eterna. Somos salvos somente pela graça, pela fé, mediante a qual confiamos naquilo que Deus fez por nós. Portanto a vida eterna não resulta de ritos ou sinais externos, mas do amor e graça de Deus.
Vejamos mais algumas razões por que Deus nos salva somente pela fé: 1) a fé deixa de fora o orgulho e esforço humanos porque não são dons divinos; 2) a fé valoriza o que Deus fez, além e acima do que nós fazemos; 3) a fé admite a realidade de que não somos capazes de obedecer aos padrões de Deus e por isso precisamos de ajuda dele; 4) o sustentáculo da fé é o nosso relacionamento com Deus e não nosso desempenho em relação a Ele; 5) a fé nos leva a crer e a confiar em Jesus a fim de que recebamos a dádiva da salvação.
Isto faz sentido para você?
Você acaba de ler a maior, a mais bela e mais impressionante história de amor já contada, sobre a maior dádiva já oferecida, pelo maior homem que viveu e está vivo – Jesus Cristo – São as boas novas do Evangelho, que é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê. Poder que transforma, liberta, vivifica, salva e abençoa. Você crê nisso? Gostaria de receber, espontaneamente, o presente de vida eterna do próprio Filho de Deus? Observe que não sou eu quem o oferece, mas o próprio autor e consumador da fé e da vida eterna – Jesus Cristo.
Vou tentar esclarecer o que significa isso.
Em primeiro lugar, você vai transferir
a sua confiança, isto é, sua esperança de salvação do que você vem fazendo até
aqui, para depositá-la no que Jesus Cristo fez por você na cruz. Ele nos perdoa
e afasta de nós as nossas transgressões e nós recebemos sua justiça.
Isto significa que, apesar de termos falhados em guardar os mandamentos de Deus, Jesus Cristo cumpriu completa e perfeitamente as leis de Deus. Ele pautou toda a sua vida pela perfeição absoluta. E essa vida imaculada de Cristo é atribuída a nós no momento em que cremos nele e o confessamos como nosso salvador. Nesse momento ela é creditada em nosso favor de maneira que, aos olhos de Deus, somos considerados perfeitos.
É como se Ele vestisse em nós a capa do caráter, obediência e perfeição de Cristo e com esse manto sacrossanto ele nos apresentasse diante de Deus e Ele nos visse através da pessoa perfeita de Cristo. Só assim poderemos chegar à condição imaculada que Deus exige de nós para entrar no céu.
Você quer, então deixar de confiar em ... (ponha aí seu nome), ou em qualquer outra pessoa ou objeto e passar a confiar somente em Cristo para a vida eterna? Não..., não... Espere um pouco. Isto não significa destruir a sua autoconfiança ou autoestima. Você pode confiar em si mesmo e na capacidade e habilidades que Deus lhe deu para tantas coisas desta vida terreal, mas não deve confiar em si mesmo para salvar-se. Você pode todas as coisas pela fé e com a ajuda de Deus, é claro, porque se Ele não lhe der vida, inteligência e saúde, nada você poderá fazer.
Mas o que preciso fazer agora? Você precisa receber Cristo ressurreto e vivo, e fazendo isto receberá vida eterna. Mas... Como? Explique-me. Ouça o que a Bíblica diz: “Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. Mas a todos quantos e receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus” (João 1:11 e 12). Você pode receber a pessoa mais importante da história do mundo, tornando-se um filho de Deus.
Receba também Jesus Cristo como seu salvador. Ele está vivo! Ele diz: “Eis que estou à porta (de sua vida) e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele e ele comigo” Isto significa que você terá comunhão diária com Cristo, mas ele não invadirá sua privacidade. A porta da sua vida só tem trinco pelo lado de dentro e só você pode abri-la.
É preciso dar permissão para Cristo entrar, pois a porta aberta indica o exercício da vontade humana, permitindo que o Espírito Santo nos conceda a presença transformadora de Cristo. Se você o fizer, ele entrará em sua vida para perdoá-lo, purificá-lo, transformá-lo, dar-lhe vida eterna, torná-lo filho de Deus e consequentemente herdeiro de uma riqueza colossal e inesgotável – a vida eterna.
Sabe por que as pessoas não têm certeza de que herdarão o céu? Agora sim? É porque não têm certeza de que são filhos de Deus. Qual é o filho que não conta com a herança? A menos que não seja filho, mas somente criatura, isto é, apenas foi criado por Deus, mas ainda não nasceu do espírito, ou seja, ainda não se arrependeu dos seus pecados, não os deixou, nem confessou Cristo como seu salvador pessoal.
Quando cremos nele nos tornamos Filhos de Deus pelo novo nascimento. E aí se cumprirá em nossas vidas o que Paulo escreveu aos Romanos: “Porque todos que são guiados pelo Espírito de Deus esses são filhos de Deus. Ora, se nós somos filhos, logo somos herdeiros também, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo...” (Romanos 8:14 e 17a).
A herança de que fala o verso acima não é apenas uma expectativa, presunção (de possuir) ou uma possibilidade futura condicionada aos méritos do filho, mas certeza agora! Deus não trata seus filhos como bastardos. Ele tem riquezas inesgotáveis para seus filhos e a maior delas é a vida eterna.
Veja o que está escrito em Romanos 10:10 e 11: “... se com tua boca confessares ao Senhor Jesus e em tem coração creres que Deus o ressuscitou dentro os mortos, serás salvo, visto que com o coração (emoção pensamento, intenção) se crê para justiça e com a boca se faz confissão para a salvação. Porque a Escritura diz: todo aquele que crê não será confundido”.
Jesus ordena agora que você se arrependa dos seus pecados. Você está disposto a fazer isto? Significa deixar o que você vem fazendo que não agrada a Deus e segui-lo, à medida que ele lhe revela sua vontade, na sua palavra. O arrependimento é uma mudança completa na sua maneira de pensar sobre a vida e a morte; sobre Deus e este mundo; sobre o céu e o inferno. É conversão. É mudança de rumo.
Abraçando o Evangelho da Cruz, da mudança de vida e da transformação espiritual, sua vida terá novo sentido, um novo estilo de vida, ou seja, uma excelente qualidade de vida segura e permanente, mesmo que tenha de enfrentar problemas, porque Cristo estará conosco para nos ajudar.
Este é o novo nascimento de que Cristo falou ao Mestre da lei, NICODEMOS: “... se alguém não nascer de novo não pode ver o reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito” (João 3:3 e 6). Nascemos uma vez fisicamente, mas precisamos nascer também espiritualmente. Quem só nasce uma vez – fisicamente -, morre duas vezes: física e espiritualmente; porém, quem nasce duas vezes – física e espiritualmente, só morre uma vez (fisicamente).
O novo nascimento opera uma grande mudança de vida e não uma reforma. Deus não apenas coloca uma roupa nova no homem, mas um homem novo dentro da sua roupa. É a obra do Espírito Santo que você está permitindo em sua vida nova, que o conduz, induvidosamente, a uma vida transformada e plena de felicidade.
Ao arrepender-se e confessar Jesus Cristo como seu salvador, você se torna membro da família de Deus e com Ele comprometido. Você será um novo homem, ou uma nova mulher, com uma nova natureza – a natureza divina fazendo parte da sua vida espiritual.
Como você já creu e confiou em Jesus Cristo como seu salvador, confessou os seus pecados, Ele entrou na sua vida, o perdoou e lhe deu certeza de vida eterna no céu, permita que ele também seja Senhor e Mestre da sua vida. E agora que Cristo é o seu salvador, Ele lhe pede algo muito importante que é para a sua própria segurança. Há uma “sala do trono no seu coração”.
E esse trono pertence a Cristo. Ele nos fez e nos redimiu, isto é, ele nos comprou. Portanto ele quer ocupar o lugar a que tem direito no trono da sua vida. Entregue agora sua vida a Cristo, como gratidão pelo presente de vida eterna, porque Ele pode dirigi-la melhor que você, visto que Ele é ilimitado, conhece o seu amanhã, sabe e pode todas as coisas.
Se é isto que você deseja espontaneamente, faça-o agora! Sobre nossos ombros pesa a responsabilidade da escolha, pois Deus nos deu o livre arbítrio. O Novo Testamento arrazoa: “Como escaparemos nós se negligenciarmos tão grande salvação?” (Hebreus 2:3). E o Velho Testamento exclama: “Os céus e a terra tomo hoje como testemunhas contra ti que te propus a vida e a morte, a bênção e a maldição: escolhe, pois, a vida para que vivas, tu e a tua descendência” (Deuteronômio 30:19).
“Você é livre para fazer as escolhas, mas é prisioneiro das consequências.” “O livre arbítrio não é a liberdade de fazer tudo o que se gosta, mas o poder de fazer o que deve ser feito, mesmo em face de impulsos contrários. Faça hoje a sua escolha. “Hoje é o dia aceitável, hoje é o dia da salvação. “O ontem não existe mais; o amanhã ainda não existe. Você só tem hoje. Este é o dia em que Deus age.” (Max Lucado).
Deus está aqui neste momento e podemos falar com ele em oração. Conte a ele que você não quer mais confiar em seus próprios esforços e que deseja colocar toda a sua confiança em Cristo o Senhor e entregue sua vida a Ele como seu salvador pessoal. Deus está vendo mais o seu coração do que as palavras de sua boca. “Buscar-me-eis e me achareis, quando me buscardes de todo o coração (Jeremias 29:13).
Oremos: “Pai, eu te peço que me dês o presente de vida eterna. Que o teu Espírito me atraia para ti. Dá-me fé para crer nas tuas promessas; dá-me arrependimento para deixar meus pecados e revela-me, Senhor, o Cristo que foi crucificado, mas que agora está vivo”! Amém!
Ore agora comigo erguendo a sua voz diante de Deus: “Senhor, eu quero que tu venhas e tomes a minha vida agora mesmo. Eu sou um pecador. Eu tenho confiado em mim mesmo e nas minhas boas obras, mas neste instante coloco toda a minha confiança em ti. Eu creio em ti e te aceito como meu salvador pessoal ... Quero que tu sejas também meu Mestre e Senhor. Ajuda-me a deixar meus pecados e te seguir. Eu recebo o presente de vida eterna que não mereço, mas te agradeço por ele. Que assim seja.”
Doravante você confia que a sua vida está nas mãos de Deus que é onipotente, onisciente e onipresente, isto é, Ele sabe e pode todas as coisas e está presente em todos os lugares ao mesmo tempo. Ele conhece o seu futuro! Portanto, não há mais lugar para incertezas e temores.
Você sabe, desde já, que tem vida eterna porque creu nele. Leia agora em sua Bíblia as palavras de Cristo em João 6:47: “Em verdade, em verdade vos digo: aquele que crê em mim tem a vida eterna.” Quem disse isso? Jesus Cristo. Ele pode mentir? Não! Ele disse que quem faz isto tem a vida eterna. Ela é sua! Parabéns! O que aconteceu, então, com a sua dívida com Deus, com os seus pecados?
Veja o que está escrito em Colossenses 2:14: “E havendo riscado o escrito de dívida que havia contra nós nas suas ordenanças, o qual nos era contrário, removeu-o do meio de nós cravando-o na cruz.”. Vale dizer: dívida paga e registro cancelado. Agora você não mais poderá pagá-la.
“Mas a todos quanto o receberam deu-lhe o poder de serem filhos de Deus, a saber, os que creem em seu nome” ( Jo. 1:12). O filho de Deus é herdeiro do céu.
Basta exercer fé na sua plenitude: conhecimento, aceitação e confiança no que Cristo é e fez e na sua promessa de que aquele que crê tem a vida eterna e o céu estará dentro de você antes que você esteja dentro dele, propiciando-lhe paz interior. Cristo fará o que prometeu, visto que não é homem para mentir. Se assim o aceitou, você está salvo e terá entrada franca no céu.
Agora você pode ter e sentir a paz que o mundo não pode dar, porque a paz do mundo depende de pessoas, lugares e circunstâncias favoráveis. Mas a paz de Cristo, que excede todo entendimento humano, você a tem em qualquer situação, porque ela está dentro de você. Ela é interior e nada deste mundo pode roubá-la de nós.
Neste momento o que você responderia àquela segunda pergunta (página 3)? Creio que a sua resposta será absolutamente correta. Mas ou menos assim: Senhor Deus, eu vou entrar no teu céu porque eu recebi pela fé o presente de vida eterna, e cri na promessa de Cristo quando disse: “Em verdade e em verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não entra em juízo, mas já passou da morte para a vida.”
Perceba que o verbo está no presente – tem (não é terá) a vida eterna. Agora você sabe, sem dúvida, porque Cristo veio ao mundo com esta finalidade e a Bíblia foi escrita para que saibamos. É o que diz I João 5:13: “Estas coisas vos escrevi a fim de saberdes que tendes a vida eterna, vós os que credes em o nome do Filho de Deus.” Amém.
Por derradeiro, convém registrar que alguém já me disse diante do acima exposto: agora que eu já sei que Cristo perdoou os meus pecados, riscou a minha dívida e me deu graciosamente a vida eterna, eu posso continuar vivendo como bem entender? De modo nenhum.
Você se lembra que quando aceitamos o presente de salvação, passamos a viver em obediência a Deus, como gratidão por tão valioso presente. Ademais, está escrito em II Coríntios 5:17: “Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” Novo nascimento, um novo coração, um novo homem, mudança de natureza e mudança de vida. Novidade vida. Morremos para o pecado, para a vida libertina, e nascemos para Deus. “Como viveremos ainda no pecado nós os que para ele morremos?” (Romanos 6:2).
Quando ainda andávamos nos nossos delitos, nos volvíamos no pecado (Ef. 2:1) e gostávamos, porque aquela era a nossa velha natureza. O porco se “lambuza” na lama e nela se deixa chafurdar e gosta, porque essa é a sua natureza. Mas se ele mudar de natureza e transformar-se, por exemplo, em ovelha, não se volverá mais na lama. Ele pode até cair ocasionalmente na lama, mas lá não permanecerá, porque sua nova natureza repulsa a lama.
Você agora é nascido de Deus e “Aquele que é nascido de Deus não peca habitualmente; porque a semente de Deus permanece nele, e não pode continuar no pecado, porque é nascido de Deus. Nisto são manifestos os filhos de Deus e os filhos do Diabo; Quem não pratica a justiça não é de Deus, nem o que não ama seu irmão.” (I João 3:9 e 10). Logo, quem peca intencional e habitualmente não é filho de Deus e sim, filho do diabo e, portanto, não herdará o céu, a menos que se arrependa e deixe seus pecados.
“Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive pecando; mas o que de Deus é gerado conserva-se a si mesmo e o maligno não lhe toca.” (I Jo. 5:18).
“Porque se voluntariamente continuamos no pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifícios pelos pecados, mas uma expectação terrível de juízo, e um ardor de fogo que há de devorar os adversários.” (Heb. 10:26 e 27).
Esta advertência aplica-se, além dos judeus convertidos, àqueles que tendo entendido a obra salvadora de Cristo deliberadamente se desviam dela mediante a prática voluntaria e intencional do pecado. Seria como rejeitar deliberadamente o sacrifício de Cristo, depois de entender claramente o ensino das boas novas de salvação, porquanto não há nenhum outro meio pelo qual esta pessoa seja salva, porque não existe nenhum outro sacrifício eficaz para salvá-la, além daquele realizado por Cristo na cruz. Portanto, o salvo jamais se conduzirá no deleite do pecado.
Tratam estes dois versos de pessoa não regenerada (que não passou pelo novo nascimento, embora tenha conhecimento da verdade salvífica). E se assim continuar, só lhe resta uma expectativa de juízo e de morte eterna.
Portanto, quem diz que crer em Cristo como seu salvador, aceitou
o seu sacrifício e creu na sua promessa
de que quem faz isto tem a vida eterna e continua na prática habitual do
pecado, nunca foi salvo e nunca
experimentou a alegria e a felicidade da vida eterna, nem é filho de Deus, mas
engana-se a si mesmo, visto que tem uma falsa esperança de vida eterna.
Quando a pessoa reconhece que é pecadora, confessa Cristo com seu salvador e deixa as práticas pecaminosas, a Palavra de Deus diz em Apocalipse 1:5 que Cristo a libertou dos seus pecados, isto é, da prática habitual do pecado: “Aquele que nos ama (Cristo), e pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados.”
A Bíblia relaciona em Col. 3:5 a 9 vários pecados sobre os quais vem a ira de Deus: prostituição, impureza, paixão, concupiscência, avareza, ira, cólera, malícia, maledicência, palavrões, mentira, práticas estas do velho homem (que não nasceu de novo), mas aquele que se revestiu do novo (nova criatura), se renova para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou (Col. 3:10).
Paulo cifra em II Timóteo 3 a 5 vários outros pecados: “...pois os homens serão amantes de si mesmos, gananciosos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem afeição natural, implacáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, negam-lhe o poder (falsidade), e ainda no verso 5 diz: afasta-te deles. Isto significa que não só devemos nos abster desses pecados, mas também fugir daqueles que os praticam.
Apocalipse lista também vários pecados, no capítulo 21:8: “Mas quanto aos medrosos, e aos incrédulos, e aos feiticeiros, e aos idólatras, e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago ardente de fogo e enxofre, que é a segunda morte” (morte espiritual e eterna). Vale a pena continuar na prática do pecado satisfazendo todas as inclinações carnais? Absolutamente, não!
Observe-se que são listas exemplificativas de pecados e não listas estanques/exaustivas, porque há muitos outros pecados.
O maior desejo do
salvo é agradar ao Salvador e Senhor da sua vida, pelo presente de vida eterna.
Além disto, o salvo não se sentirá bem na prática do pecado devido sua nova natureza
em Cristo. Entretanto, ele ainda é passível de pecar porque ainda não está salvo
da presença do pecado. Ele foi salvo da
pena do pecado – o inferno. Mas quando Cristo vier, seremos salvos da presença do pecado. Contudo, o pecado na sua vida
é como um acidente, é ocasional e não uma deliberada prática de vida. A cada
dia que passa o crente vai sendo salvo
do poder do pecado, procurando
sempre a cada dia pecar menos.
Contudo, quando salvo peca, o Espírito Santo que nele habita faz com que ele sinta o seu pecado, se arrependa e deixe, porque o pecado traz as seguintes consequências para o crente (salvo): 1 - perde a comunhão com Deus; 2 - suas orações não são respondidas porque o pecado faz separação entre nós e o nosso Deus (Isaías. 59:2); 3 - ele perde bênçãos e a alegria da salvação, e se entristece. Isto muito incomoda o salvo e ele não consegue prosseguir assim (leia o Salmo 51).
Há pecados que causam doenças e há os que causam até a morte física (I Cor. 5:1 a 5. Leia este texto e verifique se vale a pena viver no pecado). Quando o filho de Deus confessa e deixa suas transgressões, Deus é fiel e justo para perdoar (I Jo. 1:9). Assim o salvo restaura sua comunhão com Deus.
Como vimos, o pecado traz muita tristeza para nossa vida e consequências, muitas delas desastrosas. Nenhum salvo consegue viver sob o domínio constante do pecado, tendo uma vida estéril, infrutífera e triste, “Porque a Lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, o livrou da lei do pecado e da morte.” (Rom. 8:2). Leia também Rom. 6: 1 a 18 e 8:1 a 17.
“... deixe o homem o seu caminho e os seus pensamentos e volte-se para Deus, porque se compadecerá dele e é generoso em perdoar. O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia. Feliz é o homem que teme ao Senhor Deus continuamente”, isto é, observa seus ensinos (Salmos 28: 13 e 14).
Vale a pena obedecer e deixar seus pecados, porque a obediência a Deus resulta em paz e alegria. Permita-me reprisar: vida rica, abundante e plena de paz e felicidade, de modo que você não mais necessitará dos vícios e prazeres carnais pecaminosos para tentar ser feliz. A felicidade está dentro de você. Ela é Cristo no coração. E assim, você não estará mais buscando a paz e a felicidade onde elas não existem e onde você não as depositou e não as pode achar. Cristo em nós, certeza da glória eterna no céu. Que Deus te abençoe, meu irmão. Amém e amém!
PENSAMENTOS
· Não temo o amanhã
porque Deus já está lá.
· A pouca ciência
afasta o homem de Deus; mas a muita o aproxima.
· Não diga a Deus que
você tem um grande problema; diga ao seu problema que você tem um grande Deus.
Obs.: se você tiver alguma dúvida, ou desejar mais
alguma informação, entre em contato comigo, Moisés Aires Alves – Fone: (19) 98255-8491
– e-mail: moises_airesalves@hotmail.com - Facebook: Moisés Aires Alves
O autor é graduado em Teologia e advogado. Estudou no SCEN Seminário Cristão Evangélico do Norte, São Luís, MA. Foi meu contemporâneo em 1971,72.
Moisés Aires Alves |
Que texto rico!
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