A presidente Dilma Rousseff (PT) irá contar com a ajuda de um pastor para tentar selar um acordo político com o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, e tentar evitar o processo de impeachment.
O escalado para fazer a mediação do conflito foi o pastor Samuel Ferreira, líder da Assembleia de Deus no Brás, em São Paulo, ligada ao Ministério Madureira, o mesmo que estaria envolvido no repasse de propinas do petrolão.
Ferreira é amigo de longa data de Eduardo Cunha, e como é de domínio público, antigo apoiador de Dilma Rousseff, a quem recebeu no templo da AD Brás durante a campanha eleitoral de 2014.
De acordo com informações da jornalista Mônica Bergamo, colunista da Folha de S. Paulo, Ferreira intermediaria uma negociação para refrear a abertura do processo de impeachment contra Dilma, e em troca, o governo ordenaria que os deputados do PT não estimulassem o processo de cassação do mandato de Cunha, acusado de manter contas na Suíça não declaradas e abastecidas com dinheiro da corrupção na Petrobras.
Brasileiros desonrados
Ao mesmo tempo que Dilma dispõe de tudo à mão para se manter no cargo, a presidente demonstra pouco apreço por quem a levou ao segundo mandato.Durante um discurso na abertura do 12º Congresso da Central Única dos Trabalhadores (Concut), Dilma afirmou que ninguém no Brasil tem moral para falar de sua conduta, mesmo ficando provado que boa parte da corrupção na Petrobras aconteceu quando ela era ministra de Minas e Energia e presidente do Conselho da empresa, além de comandado o desrespeito á Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) ao longo de 2014.
A presidente acrescentou ainda que está “pronta para travar lutas civilizatórias, como a luta de gênero e a luta contra o racismo e a intolerância”, dando mostras de que está comprometida com o pensamento comunista que muitos líderes cristãos acusam de projetar a destruição da família.
Fonte: GNotícias