segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

ECUMENISMO

ECUMENISMO

    Atualmente a Igreja Católica tem ventilado a possibilidade de união doutrinária entre os cristãos, principalmente os evangélicos, ressaltando que todos deveriam aceitar Maria, a mãe de Jesus (homem), como a verdadeira Mãe de Deus, um dos pontos mais polêmicos e divergentes. Outra questão dentro do tema é colocar Maria como uma quarta pessoa a juntar-se à Trindade Eterna (Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo). Também entender que ela gerou o Filho de Deus contradiz o registro bíblico em Mateus 1:18 e 20, que claramente afirma que Jesus homem foi gerado pelo Espírito Santo de Deus. Evidentemente, os evangélicos não podem negar o valor e a importância de Maria, entretanto reconhecem que ela foi um ser humano limitado e mortal como qualquer outro, conforme suas próprias declarações em seu cântico registrado em Lucas 1:46-47, saudando a Deus como “meu Salvador”. Ali ela se coloca nas mesmas condições de qualquer pessoa e nenhum ser humano pode adorar ou endeusar alguém semelhante! Aliás, não há qualquer registro bíblico do período de existência de Maria antes do nascimento de Jesus (homem) e após sua crucificação, reforçando que seu importantíssimo papel foi trazer ao mundo o Filho de Deus encarnado (João 1:14). Dessa forma, é impossível aceitar que o Deus infinito e imortal tenha como mãe um ser finito e mortal, uma criatura do próprio Deus!
    Os evangélicos têm o maior respeito e consideração a Maria considerando sua dignidade, compromisso, moral e caráter. Entretanto, não podem atribuir a ela qualquer porção divina que a coloque como um meio de contato com Deus, função esta dada apenas a Jesus, conforme suas declarações registradas em João 14:6. Portanto, em razão do que registra a Bíblia Sagrada, ainda não há como pensar na união doutrinária entre católicos e evangélicos integrando um só corpo, um só pensamento e um só espírito (Amós 3:3).
   
Humberto Jônatas Jorge Miranda
humberto.jonatas@hotmail.com
Belém-Pará.     


Obs: Carta publicada no jornal Diário do Pará, dia 9/01/12, contestando o artigo do arcebispo metropolitano de Belém, Dom Alberto Taveira, publicado no mesmo jornal dia 31/12/11, onde ele ressalta que falta pouco para os cristãos se unirem em torno de uma mesma doutrina (católicos romanos e evangélicos).

Humberto Jônatas Jorge Miranda é administrador de empresa e bancário aposentado. é membro do Conselho fiscal da AICEB e membro fundador da Igreja Cristã Evangélica do Marco em Belém.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...