terça-feira, 21 de abril de 2020

CONHEÇA MELHOR O PASTOR ADÃO BARROS CARREIRO



O Repórter de Deus presta uma homenagem ao Pastor Adão Barros Carreiro na data do seu aniversário de 75 anos de idade em plena forma empenhado na obra do Senhor.

Biografia do Pr. Adão Barros Carreiro

Oriundo de uma família sertaneja, nasceu Adão Barros Carreiro,  em 21 de Abril de 1945 na localidade interiorana de Boa Esperança  perto do povoado Santa Teresa na região de São Domingos do Azeitão, Maranhão, hoje cidade, que na época pertencia ao município  de Benedito Leite. 
Seus pais senhor João Batista Carreiro Varão e sua mãe dona Elzira Rosa de Barros  tiveram 14 filhos, sendo que quatro destes faleceram na infância.   Dos  10 irmãos,  5 mulheres e 5 homens era o quarto filho e o mais velho dos homens.
Seu Batista era um homem de traços interioranos, carregava o orgulho de ser um dos homens mais respeitados e honrados do seu torrão. Homem trabalhador cumpridor de seus deveres, cidadão de caráter impoluto,  serio em todos os seus negócios e estimado como pai de família, adjetivos estes que o quarto  filho também mais tarde seria reconhecido.
Adão começou a trabalhar muito cedo na vida. Ajudava seu pai nos serviços ásperos da roça, na plantação, na capina, na colheita, na criação de animais bovinos, caprinos, suínos e criação de galinhas. A casa de fazenda do seu Batista era de fato uma casa farta e acolhedora.
Não conhecendo nenhum crente na região, Adão aprendeu a ser muito católico e se tornou acólito e na ausência do Padre João, da Paróquia de  São João dos Patos, rezava os terços com a pequena comunidade de fiéis.  Lembra Adão que uma vez bagunçou um “culto dos crentes” passando pelo meio do culto com um comboio de animais quatro jumentos e um burro. Disto Adão tem arrependimento.
A região em que a família do seu Batista morava já pelos anos 1958 a 1961 não estava nada bem, pois a produção de cereais havia caído muito em decorrência do desequilíbrio das chuvas e ainda as pragas de gafanhotos deram muito prejuízo ao produtor por três anos seguidos.  Este fato provocou a mudança da família com os animais para o povoado Ipiranga, município de Barra do Corda,  muito distante cerca de 90 quilômetros. Foi muito difícil aquela fase para a família inteira, que teve deixar o convívio dos parentes, amigos, colegas de infância e se foram a cavalos, e a  jumentos tocando principalmente os animais  graúdos para uma terra desconhecida, povo desconhecido, mas com muita esperança de encontrar boas terras  com pastagens e muita água para os rebanhos.  Muitos dias de viagem, sofrimentos, paradas para pernoitar aqui e acolá e descansar os animais.   Enfim, chegaram ao Ipiranga, um povoado próspero à margem do famoso Rio Mearim, por onde passavam semanalmente as balsas vindas de  Pedreiras e Barra do Corda com mercadorias e passageiros. Agora tudo era diferente.   Seu Batista, que já havia vindo uma vez para espiar a terra, tendo gostado comprou uma área muito grande de hequitares banhadas pelo rio para os rebanhos e fazer suas roças e uma grande casa para a família morar.
No povoado existia uma grande Igreja Cristã Evangélica, que era pastoreada pelo Pr. Olívio Alencar e mantinha uma escola anexa.  Ali o seu Batista matriculou seus filhos. O jovem Adão estudou dois anos onde teve os primeiros contatos com a Bíblia, com o evangelho e com os crentes.   Tendo conhecimento da Escola Normal Regional Maranata em Barra do Corda, dois anos depois, em 1963 foi estudar  ali  na escola dos gringos, levando alguns irmãos, onde o curso era mais avançado.  Depois sua mãe Dona Elzira foi também morar na cidade para cuidar dos filhos onde todos já estavam estudando. Seu Batista de mês em mês aparecia por lá levando todo o mantimento para o sustento da família.
Em 1966 eu chego à Barra do Corda para também estudar na agora Escola Normal Ginasial Maranata, onde fiquei interno por dois anos. Foi quando conheci Adão e tornamo-nos colegas de classe. Dali para a frente iriamos ser grandes amigos e colegas de estudos até o final do curso do Seminário em São Luís e até hoje como colegas de ministério pastoral. Como nos identificamos muito no meu último ano em Barra do Corda, não mais fiquei interno.  A convite de Adão fui   morar com a família Barros Carreiro durante aquele ano. Tornei-me muito ativo na igreja   onde fui presidente da mocidade, participava do coral e viajava com Adão de bicicleta para evangelizar nos bairros e nos interiores. Fizemos várias viagens com os jovens para Tuntum, Colinas e Grajaú no caminhão do seu Henrique Jorge, memoráveis viagens.    Éramos candidatos ao ministério. Terminamos o curso em 1968 em Barra do Corda. No ano seguinte fui para o Seminário, e Adão foi para Governador Valadares, por insistência de familiares para ficar com alguns dos seus irmãos que já trabalhavam e moravam naquela cidade mineira. Adão não se adaptou, tinha sido chamado para o ministério na noite do banquete de formatura da turma do ano de 1967. Só passou um ano.  Assumiu o chamado de Deus e obedeceu vindo para São Luís do Maranhão onde eu já havia feito o primeiro ano.
Bem antes de seguir para o Seminário,  Adão conheceu em Barra do Corda, já terminando o seu curso na Escola Normal  Maranata, a recém formada do Seminário  Iraci Ferreira da Silva, de família tradicional da igreja, e mais tarde começaram um namoro. Adão se empolga muito quando fala desse tempo... das serenatas que nós fazíamos  em companhia também do Vidalgan na janela do seu Manoel Dodô, pai de Iraci... dos antigos LPs de Luiz de Carvalho rodando na pequena radiola a pilha do nosso amigo Vidalgan: “Ao teu lado quero estar....  sempre mais a ti Amar...”  No outro dia saiam os comentários...  vocês ouviram a serenata?  Que tempo bom!
Quando o Adão voltou de governador Valadares, em fevereiro de 1970 foi estudar para ser pastor. Quando o vi chegar ao Seminário, foi a maior alegria para mim, abraçamo-nos calorosamente. No seu segundo ano resolveu com a sua noiva casarem, cujo matrimônio se deu a 18 de dezembro  1971. Ela já era funcionária da Fundação Nacional de Saude – um emprego seguro, razoável e assim ficou morando e trabalhando em Barra do Corda. Adão estudando em São Luís visitava a esposa cada final de mês, mesmo tendo encontrado alguma resistência por parte da direção do Seminário, pois naquele tempo um aluno não podia nem namorar, imagina casar como Adão havia feito. Tantos outros desafios foram aparecendo, mas todos vencidos com determinação. Meu colega terminou o  curso em dezembro 1973. Já era papai de Lemuel, um garoto forte como o pai.
Depois de formado Adão e Iraci começam em 1974 seu ministério, propriamente dito, sendo a sua primeira igreja a Igreja Cristã Evangélica de Cururupu. Meu amigo  refere-se à essa igreja como uma das mais abençoadas onde  a sua família foi também muito abençoada. Infelizmente ficou pouco tempo, dado algumas dificuldades com o emprego de sua esposa, que teve de voltar para sua terra, Barra do Corda.  Sua segunda igreja foi a de Parnaíba, Piauí. Nessa igreja o pastor passou suas maiores tristezas e angústias desde os primeiros momentos de sua chegada, apesar de ter sido a convite da mesma. Ficou na porta da Igreja algumas horas  por não conhecer ninguém na cidade, nem telefone existia, e para piorar a situação sua esposa estava gestante perto de dar à luz e o menino Lemuel pequeno e ainda a bagagem. A certas alturas passou por ali um cidadão. Era diácono da igreja, que vendo ali o pastor , indiferentemente o cumprimentou e foi embora. O fato faz lembrar o sacerdote da parábola do bom samaritano. Depois de muita demora sem aparecer ninguém, foram finalmente acolhidos em uma casa que tinha como ocupantes muitas baratas, ratos e morcegos e muita sujeira, sem nenhum exagero.  Na primeira reunião com o conselho da igreja, aquele “diácono” declarou ao pastor que a igreja tinha se arrependido de havê-lo convidado. A palavra desse servo de Deus não foi confirmada pelos demais membros do conselho nem por nenhum outro crente. Como não tinha sido convidado por aquele irmão, e sim pela igreja, o pastor resolveu ficar. Com pouco tempo nasceu o seu segundo rebento, sua linda filha Ana Letíce.   O Pr. Adão certa vez disse: “Tivemos um ministério em paz com a igreja, porém sem nenhum sucesso. Entendemos que estávamos no lugar errado, e voltamos para Barra do Corda antes de completar um ano”   O sofrimento e as decepções ministeriais fazem amadurecer o caráter e torna o obreiro mais preparado pera maiores realizações. Foi isso que aconteceu.  A família aprendeu muito.
Em Barra do Corda vieram mais dois filhos para o casal, Gamaliel e Uziel. Ali o Pr. Adão pastoreou uma congregação, do outro lado da cidade  que pouco tempo veio a se emancipar tornando-se a Segunda Igreja Cristã Evangélica de Barra do Corda, Trizidela.  Foi pastor também por vários anos da Primeira Igreja – Centro em Barra do Corda, onde desenvolveu um grande Projeto Social em parceria com a Missão Campos Brancos, alcançando vários povoados com projetos como: de horticultura, de criação de caprinos, ovinos, suínos. Em Barra do Corda Adão viajou muito pelas congregações e pontos de pregação no interior e ajudou no início das construções dos templos da Trizidela e Altamira. Seu ministério foi produtivo e saudável.
Como a AICEB  (Aliança das Igrejas Cristãs Evangélicas do Brasil),  tinha planos de começar uma igreja em Caxias, próspera cidade, perto de Teresina na BR portanto local estratégico para  o crescimento da região, era chegado o momento do já veterano e bem sucedido pastor enfrentar aquele desafio e foi através de uma parceira AICEB e MISSÃO CAMPOS  BRANCOS  que as duas entidades enviaram a família Carreiro para iniciar aquela obra.
Em 1991 Adão e Iraci deixavam definitivamente a cidade de Barra do Corda, onde estavam muito bem instalados com residência própria com o fundo do quintal banhado pelas águas cristalinas do caudaloso Rio Corda, um dos mais belos e famosos rios do Maranhão, que dá o nome à cidade.
“Concluímos o projeto organizando a igreja exatamente nos 4 anos propostos com um patrimônio hoje que vale mais de um milhão de reais. A igreja organizada nos convidou para ficar com eles passando o mesmo sustento que as missões nos passavam”.   Relata o Pr. Adão Barros.
Hoje, 29 anos depois, a Igreja Cristã Evangélica de Caxias conta com a Segunda Igreja com um grande número de membros, um pastor talentoso, um grande e moderno templo muito bem situado construído na gestão do Pr.  Alberto Rodrigues Filho.  Conta também com a construção da Terceira igreja já também emancipada sob os cuidados do Pr. Eduardo Nunes Santos e mais  uma congregação em outro bairro da cidade sob os cuidados pastorais do seu filho Pr. Lemuel Carreiro  com as instalações da escola EBD prontas em integral funcionamento com o projeto em plena atividade da construção quarta igreja.  
O Pr. Adão exerceu na denominação muitos cargos de administração. Como jovem ainda, foi eleito presidente no Primeiro Congresso de Mocidade em julho de 1967, Exerceu o cargo como o primeiro presidente da história dos congressos de jovens. Foi membro da Diretoria Geral, foi presidente da antiga  Diretoria Regional Nordeste, integrante da antiga Comissão de Coordenação, órgão formado pela AICEB E MICEB com três membros de cada entidade, criada com a finalidade  de estudar assuntos de interesse  das duas instituições em matéria de finanças, área de trabalho, evangelização, seminários etc. Tem, portanto, uma grande folha de serviços prestados à AICEB.     

Todo o sucesso do Pr. Adão Barros Carreiro. Tem como segredo a plena convicção do chamado de Deus para o santo Ministério, a escolha sensata do seu casamento com uma mulher de Deus, auxiliadora fiel, mãe exemplar, zelosa pela obra, e filhos que sempre deram alegria e orgulho para os pais, amáveis e crentes fieis.  
O meu amigo Pr. Adão teve seus momentos difíceis? Teve sim, mas soube vencê-los e não se deixou fracassar na estrada da vida.  O templo sede da Igreja Cristã Evangélica de Caxias tem as seguintes proporções:
30 metros de largura por 25 de comprimento, oval. Os 4 pontos mais distantes estão à mesma distância do púlpito, dois banheiros masculinos e dois femininas, 12 salas fazendo um total de 1.050 m² e mais um depósito. Estacionamento muito amplo com 593m².  O projeto consta de secretaria e gabinete pastoral amplos. A igreja dispõe ainda de uma chácara bem cuidada para os eventos como retiros e acampamentos da igreja. Enquanto isto Deus tem lhe agraciado com bênçãos materiais e à sua família.
É isto o que Deus tem feito na vida daquela criança lá do interior.

Autor: Lucimar Rocha
Repórter de Deus.




Relíqueas
lado esquerdo Adão e Lucimar lá atrás

no fundo o antigo escritório da AICEB Adão  de chapéu e Lucimar juntando capim.  Osório e Reginaldo capinando





uma das nossas salas de aulas 1972

O que dizem os leitores:

Mumberto Miranda: Pr. Lucimar, faltou registrar no belo histórico do Pr. Adão a grande contribuição do Pr. Adão no soerguimento e excelente trabalho como presidente do Conselho Fiscal da AICEB por dois mandatos de 2005 (Convenção Geral em Teresina) a 2013 (Convenção Geral em Manaus), equipe composta pelos conselheiros Pr. Josué Azevedo, Gesimiel Portela e Humberto Jônatas.
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Francisco Jorge e F. Pereira 
Que linda história. Parabéns Pr Adão pelo seu aniversário

Elias Neto  
Relato impactante de uma trajetória de muito amor e dedicação ao sagrado ministério. Motiva-nos a dedicar-se ainda mais.

Chagas Silva  Parabéns Pra Adão, servo do Deus Vivo


  • Gilson da Silva   

Grato pela publicação sobre a vida desse grande servo do Senhor, Pr. Adão Carreiro. Sinto-me um privilegiado de conhecê-los e testemunhar parte desse trabalho realizado junto com a irmã Iraci, grande serva do Senhor. Parabéns ao Pr. Adão pelos seus 75 anos de vida. Deus dê saúde e longevidade.


Um comentário:

  1. Gostei muito desse relato completo da vida e ministério do querido pastor Adão! Ele é um homem de Deus e nosso grande amigo. Estou com 76 anos, quase a mesma idade dele, e junto com ele, dou graças a Deus pela vida e oportunidades de servir ao mesmo Salvador e Senhor!

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