Testemunho
da irmã Sara Castro, membro da equipe do PROMIFÉ NACIONAL, no culto de louvor e
adoração ao Senhor Jesus, sobre seu chamado missionário:
“Boa noite, graça e paz igreja!
Gostaria de iniciar minha fala lendo um versículo que está
escrito em Rm 11:36 que diz assim: “Porque dele, e por meio dele, e para Ele
são todas as coisas. A Ele, pois, a glória eternamente. Amém!”. Com este verso,
o apóstolo Paulo nos diz que Deus é a origem de tudo, a razão para todas as
coisas; Ele é soberano, todas as coisas acontecem através da sua permissão e
tudo o que Ele faz tem um propósito. E foi Ele que nos permitiu estarmos aqui.
E somente Ele merece toda honra e toda glória.
Bom, como já foi falado eu sou Sara, sou piauiense e médica.
E minha história com pró-ribeirinho não começou com o promifé, mas há cerca de
12 anos atrás, quando minha família e eu fomos a uma convenção no SCEN, na
época meus pais estavam envolvidos na abertura de um campo missionário no
interior do Piauí e estávamos lá para apresentar o projeto. Naquela noite,
tiveram outras apresentações de trabalhos missionários e um deles era o
pró-ribeirinho. Lembro como eu fiquei imediatamente seduzida por aquele
projeto. No apresentação o irmão falava da necessidade que o ribeirinho tinha
de atendimento médico e odontológico e procurava ali voluntários.
Eu desde pequenininha dizia que seria médica, mas já próximo
ao vestibular eu fiquei com medo de prestar prova para um curso tão concorrido
e fiquei com dúvidas. Mas quando eu assisti a apresentação do pro-ribeirinho,
eu decidi: eu vou ser médica e vou aos ribeirinhos.
Estudei muito, passei no vestibular, estudei muito mais uma
vez e no dia 03/01/17 eu me tornei médica. E o desejo de vir aos ribeirinhos
continuava o mesmo. Agora só precisava da oportunidade de estar lá. No entanto,
no dia 15/02/17, cerca de 40 dias da minha formatura eu sofri um grave acidente
de carro.
Nesse episódio, eu tive um trauma abdominal que resultou em
três lacerações no intestino e uma grave hemorragia interna, além disso uma
fratura na coluna. Isto é, se eu sobrevivesse a hemorragia, a fratura da coluna
me deixaria paraplégica.
Fui prontamente socorrida, submetida a uma cirurgia para
correção da hemorragia. No dia seguinte, ao acordar na UTI, a ortopedista veio
conversar comigo sobre a cirurgia da coluna e eu perguntei pra ela se eu
voltaria a andar: e ela disse não, talvez se eu fosse criança com muita
fisioterapia eu poderia um dia dar alguns passos. No dia do acidente estava
tendo uma reunião clínica com todos os ortopedistas do hospital e ao avaliar
meu caso todos foram unânimes em afirmar “ela não anda mais”. Assim como os
neurocirurgiões, neurologista e outros colegas médicos.
Logo após a médica sair da UTI, meus pais entraram e eu
lembro de dizer pra eles que a médica disse que eu nunca mais andaria. E nesse
momento eu virei para o meu pai e disse: “e agora pai, como vou aos
ribeirinhos?”
O salmista diz em Salmo 46. 3 e 10
Salmos 46:3. Ainda que
as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza.
(Selá.)10. Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus; serei exaltado entre os
gentios; serei exaltado sobre a terra. - Bíblia
Cerca de 20 dias após o trauma, eu já dava os primeiros
passos, para honra e glória do Senhor.
Deus restaurou a minha saúde por completo.
E o desejo de vir ao pro-ribeirinhos ainda era verdade. E
enfim surgiu a oportunidade de vir. Em julho do ano passado, meu irmão, o
Marinaldo Jr, veio ao congresso de homens em Breves e juntamente com o pastor
Paulo Barbosa surgiu a ideia do promife nacional. E veio a notícia: Sara, já
marquei sua ida aos ribeirinhos, vai ser no começo de 2020.
Que notícia maravilhosa! Glória a Deus.
E estar aqui, conhecer a realidade desse povo, poder
ajudá-los e servir é a concretização da chama que o Senhor acendeu em meu
coração quando eu era ainda uma adolescente. É o cumprimento de um dos
propósitos do Senhor para minha vida. Fiquei maravilhada com cada instante
desses dias, com a beleza da criação de Deus, com o seu cuidado para com o esse
povo, com o evangelho sendo anunciado, com a obra do Senhor sendo realizada...
fui também impactada pela realidade das comunidades, com a situação de
vulnerabilidade, pela carência, pela falta de instrução com cuidados básicos,
com a dificuldade de acesso à saúde, entre outros. Mas ainda assim, a maior
necessidade do ribeirinho (ou qualquer um de nós) não é alimentação, saúde,
sinal de celular, Wi-Fi, mas q maior necessidade do ser humano é Cristo! O
maior milagre que Cristo realizou em minha vida, não foi eu me tornar médica,
não foi eu não ter morrido naquele acidente, não foi eu não ter ficado
paraplégica, não foi eu ter vindo aos ribeirinhos. O maior milagre que Cristo
fez em mim, foi ter me alcançado com a sua graça, quando eu como pecadora
merecendo o inferno, ele me chamou, me salvou e me deu vida eterna. E o maior
milagre que o ribeirinho pode receber, não é um projeto missionário e social
como esse, não é um médico ou dentista em tempo integral nas comunidades, não é
fartura em alimentos, não é saúde plena, o maior milagre é o fato de Cristo ter
morrido na cruz para salvá-los, o maior milagre é a graça que os alcança.
Então amados irmãos, você não precisa ser médico, dentista,
pastor ou ter vivido uma grande cura ou um grande reviravolta na sua vida para
cumprir o ide do Senhor, você precisa apenas anunciar o maior milagre que
Cristo fez na sua vida: a salvação! Não é sobre quem eu sou ou sobre quem você
é, mas quem Deus é: e Ele é um Deus justo, soberano e bom! Tudo está sob o
controle de suas mãos, não importa a circunstância ou limitações.
Importa que Cristo seja glorificado.
Amém!”
Fonte: Grupo whatsApp DNM Fotos: face book