EVANGELHO DA OMISSÃO
Líderes e liderados estão se omitindo diante da responsabilidade como membro do Corpo de Cristo.
A omissão é o
templo sombrio da indiferença, onde muitos cristãos têm se ocultado
nesse tempo do fim. Apesar de serem defensores ferrenhos do dever de
congregar, a impressão é de que não se importam em contribuir para o
crescimento do caráter e da conduta cristã uns dos outros,
principalmente quando é necessário dizer ao próximo a verdade sobre
qualquer fato.
O descaso é tão
grande em determinados grupos evangélicos, que sinceramente somos
compelidos a indagar: Qual é o resultado prático que as igrejas têm
produzido a partir da proximidade entre os seus integrantes? Essa
aproximação se resume às liturgias ou existe algum tipo de convivência
que extrapola os limites do templo? Há realmente crescimento rumo à
maturidade cristã ou cada um atua ao seu modo sem a visão do corpo
espiritual no seu todo?
É lamentável
constatar que há líderes que não dizem a verdade acerca de pecados e
erros dos seus liderados. A Palavra de Deus ensina-nos que “se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi-o com o espírito de brandura” (Gálatas 6.1).
Contudo, apesar da aparência de espirituais, não usam mais a vara e o
cajado para consolar as ovelhas no caminho da retidão, nem aplicam a
disciplina bíblica, a exemplo das três instâncias quanto ao pecado
contra irmão: repreensão individual, repreensão na presença de duas ou três testemunhas, e repreensão pela igreja (Mateus 18.15-18).