quarta-feira, 9 de maio de 2018

Depois de 28 anos de bons serviços prestados no Brasil, Beat e Úrsula voltam para a Suíça



É muito, muito grande mesmo que não posso conferir, o número dos abnegados missionários Suíços que vieram de sua terra enviados pela  SAM (Aliança Missionária Suíça) ao Brasil e mais precisamente ao sul do estado do Piauí e norte da Bahia, onde se concentrou a maior parte deles desde a chegada dessa Missão ao nosso sertão há mais de 50 anos.   
Por eles, campo foram abertos, templos e casas pastorais construídos, igrejas organizadas e pessoas salvas pelo poder do evangelho.
Os missionários abriram trabalhos na Bahia: em Remanso e Campo Alegre de Lourdes, e interiores.  No Piauí: São Raimundo Nonato, Caracol, Anísio de Abreu, Canto do Buriti, Bom Jesus e Colônia do Gurguéia. E ainda congregações na zona rural. Destacamos também localidades alcançadas em tempos mais recentes como  Campo Maior,  Floriano, Barão de Grajáu, Amarante e São Francisco, Demerval Lobão, Barras, Miguel Alves, onde a Missão Suíça esteve bem presente e investiu em  construções de templos, casas pastorais construindo assim um grande patrimônio. 
A parceria ao longo desses 50 anos  da SAM com a Aliança das Igrejas Cristãs Evangélicas do Brasil (AICEB) através do Modus Vivendi  AICEB/MICEB   foi de extraordinária importância para a consolidação da AICEB como uma denominação em franco crescimento.
Praticamente todos os missionários que trabalharam nesta região do sertão já retornaram para a Suíça, uns para se aposentar, depois de um longo ministério no Brasil, e outros para exercerem outras atividades mesmo como professores e pastores em sua terra.

É o Caso dos Missionários Pr. Beat e Úrsula Roggensinger que depois de 28 anos de serviços retornam agora para sua terra.
Beat plantou a Igreja e construiu a casa pastoral de Colônia do Gurguéia e fundou uma Escola com uma estrutura fabulosa.  Plantou as igrejas de Amarante e São Francisco do Maranhão deixando templos e casas pastorais.   Foi o arquiteto do Projeto Pró Piauí, responsável por um avanço inigualável no número de Igrejas e campos  na Região Nordeste e estruturou do Centro Bíblico Rancho da Lua dando vida ao Curso Bíblico  Teológico, (CBT) hoje CMM Curso de Missões e Ministérios. Foi o idealizador e construtor da Missão Pró-Sertão, que tem parceria com várias denominações.

Com a despedida de Beat e Úrsula diminui mais ainda o  numero de missionários suíços ligados à AICEB nesta Região  ficando conosco os casais Simon Reifler (Teresina) e Martin Baumann (Barras)

Na despedida dos missionários Beat e Úrsula, o Repórter de Deus lhes presta esta homenagem.

Queremos deixar aqui também a entrevista que fizemos ao valoroso missionário.


Repórter de Deus: O ano de sua formação e em que cidade da Suiça?
Beat Roggensinger: Formei-me 1986 – Bettingen/BS – no Seminário Teológico Chrischona

R. D: Sua primeira viagem ao Brasil, se deu em  que ano?  (quando em Campo alegre você recebeu confirmação de seu chamado para seu longo ministério no Brasil)  como foi o chamado e a confirmação.  
B. R:  Minha primeira viagem ao Brasil se deu em 1981 – o chamado recebi em 1978 em um projeto missionário, mas ainda estava estudando – ao longo dos anos Deus me confirmou o chamado e em Campo Alegre de Lourdes-BA num culto em um povoado entendi que Deus estava me mostrando o meu futuro ministério. Voltei pra Suiça e me inscrevi no seminário.

R. D:  Em que ano casou com irmã Úrsula e a  formação dela?
B. R:  Casamos em 1988.  Ela é pedagoga e formada em missões.

R. D:  Quantos filhos e onde estão?
B. R:  Temos 3 filhos  – o mais velho voltou ao Piaui como missionário da ProSERTAO e Movida, o do meio continua estudando na Suiça e o caçula está no navio da OM (Operação Mobilização) no Caribe, atualmente no Equador.

R. D:  O ano de sua chegada definitiva ao Brasil...
B. R:  Chegamos em Janeiro de1990.

R. D:  Seu primeiro campo missionário e  quantos anos ali?   Principais dificuldades nos primeiros anos?
B. R:  O primeiro campo foi Canto do Buriti pra estagiar e conhecer melhor a língua e cultura. De lá começamos dar assistência a um grupo pequeno em Colônia do Gurguéia a partir de julho de 1991. Mudamos em março 1992 pra Colônia.
Dificuldades eram diversas: faltou água na torneira; supermercado não tinha; telefone existia apenas em um posto; posto de sáude sem material e pessoal.... uma situação muito rural....também as estradas eram precárias.

R. D:  O que deixou ali de concreto?   Templo ..... Escola Gamaliel.....Cooperativa...
B. R:  Deixamos uma igreja organizada e uma escola. As duas contribuem para semear a Palavra de valores bíblicos. Alguém nos disse depois de alguns anos que Colônia  mudou por conta da escola. Muitas crianças tem estudado e hoje tem profissões de alta formação. Até hoje está funcionando bem e é importante para a cidade.

R. D:  Que ano saiu?        Temporada em Belém – na Missão – quanto tempo?
B. R:  Em 2001 saímos para Belém para administrar a MICEB e ficamos até 2005 – neste tempo abrimos uma congregação.

R. D:  Como foi o Início do trabalho em Amarante e São Francisco?
B. R:  Em 2005 iniciamos os trabalhos junto com JUVEP e seu projeto missionário. Pr. Tiago, com Joquebede em Amarante e Pr. Fábio com Isabel em São Francisco eram nossos alunos e assumiram logo os campos como missionários. Nós oferecemos  acessoria e mentoria.

R. D:  Fale um pouco sobre o Pró-Píauí  -  o projeto que mais plantou igrejas como nunca havia a AICEB realizado.
Durante muito tempo o projeto trabalhou também  na área teológica que recebeu na minha gestão a incumbência de administrar o CBT.  Cerca de quantos Alunos preparou?
B. R:  O PróPIAUI foi um projeto em conjunto com a AICEB Nordeste com o objetivo de dobrar o número de igrejas em 10 anos. De fato ultrapassamos o alvo. Foi uma experiência muito boa. Paralelamente preparamos pastores no CBT para que as igrejas em cidades pequenas tivessem seus líderes preparados. Na grande maioria eram jovens das pequenas cidades que não foram desenraizados da sua cidade de profissão. Com uma exceção todos os obreiros na região sertaneja foram formados por nós. Na região nordeste também tem alguns pastores como também na denominação irmã CICEB.
Sem contar o número creio, que formamos entre 50 a 80 obreiros.

R. D:  Campos plantados pelo projeto?
B. R:  Dificil. É uma questão de definição. Amarante, São Francisco, Floriano, Demerval Lobão, Miguel Alves, Barras, Jurema (não está funcionando, mas querem reativar), Murici dos Portelas, Parque Wall Ferraz, Renascença II (não me lembro do nome), Parque Sul, Barão de Grajaú.
Incentivos: Pentangas, Violeto, Barras Centro,
Pelo ProSERTAO – projeto sucessor sem intervalo no apoio de plantações de igrejas: Couve, Zona Leste, Porto, Esperantina, Joaquim Pires....

R. D:  O que motivou a mudança de visão de um projeto de plantação de igrejas para o projeto sertanejo  (Pró Sertão) de  parcerias interdenominacionais, não mais de plantação de igrejas?
B. R:  Não vejo assim. Ainda incentivamos a plantação de igrejas e logo mais vamos ter um treinamento específico no Rancho da Lua pra plantadores de igrejas. Creio que isto vai impactar ainda muito mais o sertão por plantações de centenas de igrejas.
Motivo da PróSERTÃO:
- O foco é a zona rural mobilizando as igrejas das cidades – a zona rural ainda não ouviu em modo generalizado o evangelho
- Queremos muito acelerar o processo para que o Senhor possa voltar logo. Por isto trabalhamos com todos que concordam com nossos valores e princípios.
- Queremos capacitar igrejas e pessoas para a evangelização do sertão e para plantar centenas de igrejas
- Os recursos humano e financeiro da SAM ficam cada vez mais pouco. Precisamos achar uma forma e estrutura que permita que a igreja brasileira possa se envolver e assumir esta tarefa.

R. D:  Vai se aposentar na Suiça ou está de volta à sua terra por outro motivo neste momento, por exemplo trabalhar na sede internacional da SAM?
B. R:  Não posso me aposentar por falta de idade. Tenho um convite da SAM para trabalhar na sede. Mas o que eu quero mesmo é fazer divulgação, mobilização e treinamento de novos missionários, também braseileiros.

R. D:  Que palavra deixa para todos da AICEB com quem você trabalhou ao longo de 30 anos inclusive com cargos na denominação?
B. R:  Fico muito grato por todas as amizades e por todo apoio e oportunidades que recebemos. AICEB nos abriu as portas para poder desenvolver um ministério no pais, do nosso chamado. AICEB é a nossa denominação brasileira, nossa casa, nossa família. Festejamos, lutamos, trabalhamos e brigamos juntos como em uma verdadeira família. Retorno com boas recordações.
Porém, permita-me dizer isto: Fico preocupado com a tendência se cada vez mais legalizar (legalismo) a vida cristã com normas e regras. Estamos no perigo de matar o espírito com as letras.

R. D:  O senhor teve todos os seus sonhos concretizados durante seu ministério no Brasil.?
B. R:  Eu diria que nem vim com tantos sonhos. Mas ao longo dos anos surgiram sonhos e eles se cumpriram. Falta ainda um movimento ainda bem mais missionário na AICEB. Mas creio que isto pode surgir ainda. Implantamos o movimento de mobilização missionário nomeado CIMA que tem por objetivo que as igrejas se tornem mais missionárias. Com o envolvimento de Paulo Barbosa, Dr. Afonso, Heber Negrão e outros da AICEB estamos esperançosos que a AICEB também vai se inspirar.




segunda-feira, 7 de maio de 2018

Faleceu a Educadora Cristã Maria Auxiliadora



Registramos com muito pesar o falecimento da Educadora Cristã Maria Auxiliadora Primo, aos 61 anos de idade, esposa do Pr. Daniel Costa Primo.
A irmão Dôra, como carinhosamente era mais conhecida, concluiu o seu curso de Educação Cristã em 1979 no Seminário Cristão Evangélico do Norte, em São Luís vindo um ano depois contrair matrimônio  em setembro de 1980  com colega de seminário Daniel Primo.
Dessa união matrimonial vieram três filhos e o casal adotou mais dois, ficando uma feliz família de 5 filhos.
O casal de obreiros da AICEB pastoreou as igrejas de Araguaína, no estado de Tocantins; no estado do Maranhão as igrejas de Tuntum, Presidente Dutra e Grajaú. No Piauí a Igreja Cristã Evangélica Aliança  (Pirajá) em Teresina e no Pará a ICE de Tucuruí.
A irmã Dôra há dois anos vinha recebendo tratamento de hemodiálise no Piauí e na manhã deste dia 06 veio a óbito em um dos leitos do Hospital Getúlio Vargas HGV em Teresina, onde fazia seu tratamento.
Ontem mesmo seu corpo foi velado no templo da  Igreja Cristã Evangélica de Buenos Aires e transladado para a sua cidade natal Caracol, no sul do estado, a mais de 600 da capital Teresina  onde está sendo velado na residência de um dos seus irmãos e por volta de 16 horas será celebrado o culto fúnebre no templo da Igreja Cristã Evangélica pelo Pr. Luis de Carvalho Veloso, pastor da ICE de São Raimundo Nonato e presidente da região sertaneja. Estão presentes os pastores Jailson. Da igreja local e José Pereira, de Anísio de Abreu.
O Pr. Daniel tem recebido inúmeras mensagens de condolências pelo falecimento de sua querida esposa.

Pr. Daniel e Dôra


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