quarta-feira, 16 de maio de 2018

PRESIDENTE DA AICEB ENTREGA CARTA DE INTENÇÃO À MICEB EM SUA CONFERÊNCIA ANUAL


Conferência da MICEB realizada em Demerval Lobão, 30 Km. de Teresina no Centro Bíblico Rancho da Lua
O presidente da Aliança das Igrejas Cristãs Evangélicas do Brasil (AICEB),  Pr. Reinaldo Mouacy Chaves de Miranda, juntamente com os pastores Josué Dias Asevedo (presidente da Região Carajás) Ignácio Pinto (presidente da Região Nordeste) e Lucimar Rocha (vice pres. Reg. Nordeste) e Blog Repórter de Deus), estiveram neste final de semana (11) participando de um momento muito importante na conferência anual da Missão Cristã Evangélica do Brasil (MICEB), realizada este ano no Centro Bíblico Rancho da Lua, em Demerval Lobão, PI.
Como de tradição, o presidente da AICEB dirigiu  a palavra aos conferencistas saudando-os em nome da denominação, com quem mantém Modus Vivendi desde a sua fundação, há várias décadas.
Além de participar da referida conferência como usualmente todos os anos o faz,  a AICEB este ano teve um motivo especial: Entregar à MICEB uma “CARTA DE INTENÇÃO” cuja leitura foi feita pelo Pr. Josué Asevedo, ex-presidente da AICEB por dois mandatos consecutivos, portanto muito conhecedor do relacionamento das duas entidades.

Considerando que a Missão Cristã Evangélica do Brasil (MICEB) está vivendo o processo de encerramento de suas atividades; considerando que, mesmo sendo constituída por missionários de diferentes países, é uma instituição brasileira e,  por motivos sentimentais, uma vez que a AICEB, gerada na madre da “Cruzada de Evangelização Mundial” (CEM) que anos depois se tornou  Missão Cristã Evangélica do Brasil, relação “Filha e Mãe”,  sentiu-se no direito de formalizar o pedido de transferência do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) para si. Em outras palavras: A AICEB formalizou o Pedido de Doação  de sua marca com todos os seus haveres na leal intenção de fazer preservar a história de um século  no Brasil de tantos e tantos servos de Deus que aqui chegaram no século passado, plantaram igrejas, fundaram escolas, (Internato Maranata em Barra do Corda e Internato Betânia, em Cururupu, e em Breves, Pará; fundaram institutos bíblicos (em Barra do Corda, Maranhão e Abaetetuba Pará) o Seminário Cristão Evangélica do Norte em São Luís e geraram a própria ALIANÇA,  quando os primeiros presidentes eram missionários.

“Hoje, o que temos e o que somos, devemos a Deus e à MICEB que cuidou de nós até dezembro de 2004, quando foi cumprido o “Acordo de Nacionalização do Seminário Cristão Evangélico do Norte – SCEN...”  (trecho da carta de intenção)
Indagado sobre o que a AICEB pretenderia fazer caso a marca MICEB seja transferida para a ALIANÇA, o presidente Reinaldo  Miranda respondeu: “Além de continuar com o seu propósito de evangelização, sonhamos em constituí-la Agência Missionária, uma vez que já ultrapassamos as fronteiras do Brasil”.
A idéia da Agência Missionária, foi enfatizada pelo Pr. Josué Asevedo e  parece ter agradado aos missionários conferencistas.

Uma palavra de agradecimento e reconhecimento pelos trabalhos prestados aqui no Brasil, principalmente no Sertão pelo Casal Beat e Úrsula Roggensinger, que estão de volta à Suíça depois de 28 anos de bons serviços prestado ao Reino de Deus e à AICEB, foi dirigida no final do importante momento.  Uma lembrança foi entregue ao casal pelo Pr. Ignácio Pinto representando a Diretoria Geral
O Pr. Paulo Jantz foi eleito presidente, portanto dirigirá o processo de encerramento das atividades da MICEB neste dois anos conforme planejado
Além da presença da representante da SAM Global, Beatrice RITZMANN, esteve também presente o Diretor da CROSSWOLD, Missão mantenedora dos Estados Unidos da América, Dan Hoobyar.
 

quarta-feira, 9 de maio de 2018

Depois de 28 anos de bons serviços prestados no Brasil, Beat e Úrsula voltam para a Suíça



É muito, muito grande mesmo que não posso conferir, o número dos abnegados missionários Suíços que vieram de sua terra enviados pela  SAM (Aliança Missionária Suíça) ao Brasil e mais precisamente ao sul do estado do Piauí e norte da Bahia, onde se concentrou a maior parte deles desde a chegada dessa Missão ao nosso sertão há mais de 50 anos.   
Por eles, campo foram abertos, templos e casas pastorais construídos, igrejas organizadas e pessoas salvas pelo poder do evangelho.
Os missionários abriram trabalhos na Bahia: em Remanso e Campo Alegre de Lourdes, e interiores.  No Piauí: São Raimundo Nonato, Caracol, Anísio de Abreu, Canto do Buriti, Bom Jesus e Colônia do Gurguéia. E ainda congregações na zona rural. Destacamos também localidades alcançadas em tempos mais recentes como  Campo Maior,  Floriano, Barão de Grajáu, Amarante e São Francisco, Demerval Lobão, Barras, Miguel Alves, onde a Missão Suíça esteve bem presente e investiu em  construções de templos, casas pastorais construindo assim um grande patrimônio. 
A parceria ao longo desses 50 anos  da SAM com a Aliança das Igrejas Cristãs Evangélicas do Brasil (AICEB) através do Modus Vivendi  AICEB/MICEB   foi de extraordinária importância para a consolidação da AICEB como uma denominação em franco crescimento.
Praticamente todos os missionários que trabalharam nesta região do sertão já retornaram para a Suíça, uns para se aposentar, depois de um longo ministério no Brasil, e outros para exercerem outras atividades mesmo como professores e pastores em sua terra.

É o Caso dos Missionários Pr. Beat e Úrsula Roggensinger que depois de 28 anos de serviços retornam agora para sua terra.
Beat plantou a Igreja e construiu a casa pastoral de Colônia do Gurguéia e fundou uma Escola com uma estrutura fabulosa.  Plantou as igrejas de Amarante e São Francisco do Maranhão deixando templos e casas pastorais.   Foi o arquiteto do Projeto Pró Piauí, responsável por um avanço inigualável no número de Igrejas e campos  na Região Nordeste e estruturou do Centro Bíblico Rancho da Lua dando vida ao Curso Bíblico  Teológico, (CBT) hoje CMM Curso de Missões e Ministérios. Foi o idealizador e construtor da Missão Pró-Sertão, que tem parceria com várias denominações.

Com a despedida de Beat e Úrsula diminui mais ainda o  numero de missionários suíços ligados à AICEB nesta Região  ficando conosco os casais Simon Reifler (Teresina) e Martin Baumann (Barras)

Na despedida dos missionários Beat e Úrsula, o Repórter de Deus lhes presta esta homenagem.

Queremos deixar aqui também a entrevista que fizemos ao valoroso missionário.


Repórter de Deus: O ano de sua formação e em que cidade da Suiça?
Beat Roggensinger: Formei-me 1986 – Bettingen/BS – no Seminário Teológico Chrischona

R. D: Sua primeira viagem ao Brasil, se deu em  que ano?  (quando em Campo alegre você recebeu confirmação de seu chamado para seu longo ministério no Brasil)  como foi o chamado e a confirmação.  
B. R:  Minha primeira viagem ao Brasil se deu em 1981 – o chamado recebi em 1978 em um projeto missionário, mas ainda estava estudando – ao longo dos anos Deus me confirmou o chamado e em Campo Alegre de Lourdes-BA num culto em um povoado entendi que Deus estava me mostrando o meu futuro ministério. Voltei pra Suiça e me inscrevi no seminário.

R. D:  Em que ano casou com irmã Úrsula e a  formação dela?
B. R:  Casamos em 1988.  Ela é pedagoga e formada em missões.

R. D:  Quantos filhos e onde estão?
B. R:  Temos 3 filhos  – o mais velho voltou ao Piaui como missionário da ProSERTAO e Movida, o do meio continua estudando na Suiça e o caçula está no navio da OM (Operação Mobilização) no Caribe, atualmente no Equador.

R. D:  O ano de sua chegada definitiva ao Brasil...
B. R:  Chegamos em Janeiro de1990.

R. D:  Seu primeiro campo missionário e  quantos anos ali?   Principais dificuldades nos primeiros anos?
B. R:  O primeiro campo foi Canto do Buriti pra estagiar e conhecer melhor a língua e cultura. De lá começamos dar assistência a um grupo pequeno em Colônia do Gurguéia a partir de julho de 1991. Mudamos em março 1992 pra Colônia.
Dificuldades eram diversas: faltou água na torneira; supermercado não tinha; telefone existia apenas em um posto; posto de sáude sem material e pessoal.... uma situação muito rural....também as estradas eram precárias.

R. D:  O que deixou ali de concreto?   Templo ..... Escola Gamaliel.....Cooperativa...
B. R:  Deixamos uma igreja organizada e uma escola. As duas contribuem para semear a Palavra de valores bíblicos. Alguém nos disse depois de alguns anos que Colônia  mudou por conta da escola. Muitas crianças tem estudado e hoje tem profissões de alta formação. Até hoje está funcionando bem e é importante para a cidade.

R. D:  Que ano saiu?        Temporada em Belém – na Missão – quanto tempo?
B. R:  Em 2001 saímos para Belém para administrar a MICEB e ficamos até 2005 – neste tempo abrimos uma congregação.

R. D:  Como foi o Início do trabalho em Amarante e São Francisco?
B. R:  Em 2005 iniciamos os trabalhos junto com JUVEP e seu projeto missionário. Pr. Tiago, com Joquebede em Amarante e Pr. Fábio com Isabel em São Francisco eram nossos alunos e assumiram logo os campos como missionários. Nós oferecemos  acessoria e mentoria.

R. D:  Fale um pouco sobre o Pró-Píauí  -  o projeto que mais plantou igrejas como nunca havia a AICEB realizado.
Durante muito tempo o projeto trabalhou também  na área teológica que recebeu na minha gestão a incumbência de administrar o CBT.  Cerca de quantos Alunos preparou?
B. R:  O PróPIAUI foi um projeto em conjunto com a AICEB Nordeste com o objetivo de dobrar o número de igrejas em 10 anos. De fato ultrapassamos o alvo. Foi uma experiência muito boa. Paralelamente preparamos pastores no CBT para que as igrejas em cidades pequenas tivessem seus líderes preparados. Na grande maioria eram jovens das pequenas cidades que não foram desenraizados da sua cidade de profissão. Com uma exceção todos os obreiros na região sertaneja foram formados por nós. Na região nordeste também tem alguns pastores como também na denominação irmã CICEB.
Sem contar o número creio, que formamos entre 50 a 80 obreiros.

R. D:  Campos plantados pelo projeto?
B. R:  Dificil. É uma questão de definição. Amarante, São Francisco, Floriano, Demerval Lobão, Miguel Alves, Barras, Jurema (não está funcionando, mas querem reativar), Murici dos Portelas, Parque Wall Ferraz, Renascença II (não me lembro do nome), Parque Sul, Barão de Grajaú.
Incentivos: Pentangas, Violeto, Barras Centro,
Pelo ProSERTAO – projeto sucessor sem intervalo no apoio de plantações de igrejas: Couve, Zona Leste, Porto, Esperantina, Joaquim Pires....

R. D:  O que motivou a mudança de visão de um projeto de plantação de igrejas para o projeto sertanejo  (Pró Sertão) de  parcerias interdenominacionais, não mais de plantação de igrejas?
B. R:  Não vejo assim. Ainda incentivamos a plantação de igrejas e logo mais vamos ter um treinamento específico no Rancho da Lua pra plantadores de igrejas. Creio que isto vai impactar ainda muito mais o sertão por plantações de centenas de igrejas.
Motivo da PróSERTÃO:
- O foco é a zona rural mobilizando as igrejas das cidades – a zona rural ainda não ouviu em modo generalizado o evangelho
- Queremos muito acelerar o processo para que o Senhor possa voltar logo. Por isto trabalhamos com todos que concordam com nossos valores e princípios.
- Queremos capacitar igrejas e pessoas para a evangelização do sertão e para plantar centenas de igrejas
- Os recursos humano e financeiro da SAM ficam cada vez mais pouco. Precisamos achar uma forma e estrutura que permita que a igreja brasileira possa se envolver e assumir esta tarefa.

R. D:  Vai se aposentar na Suiça ou está de volta à sua terra por outro motivo neste momento, por exemplo trabalhar na sede internacional da SAM?
B. R:  Não posso me aposentar por falta de idade. Tenho um convite da SAM para trabalhar na sede. Mas o que eu quero mesmo é fazer divulgação, mobilização e treinamento de novos missionários, também braseileiros.

R. D:  Que palavra deixa para todos da AICEB com quem você trabalhou ao longo de 30 anos inclusive com cargos na denominação?
B. R:  Fico muito grato por todas as amizades e por todo apoio e oportunidades que recebemos. AICEB nos abriu as portas para poder desenvolver um ministério no pais, do nosso chamado. AICEB é a nossa denominação brasileira, nossa casa, nossa família. Festejamos, lutamos, trabalhamos e brigamos juntos como em uma verdadeira família. Retorno com boas recordações.
Porém, permita-me dizer isto: Fico preocupado com a tendência se cada vez mais legalizar (legalismo) a vida cristã com normas e regras. Estamos no perigo de matar o espírito com as letras.

R. D:  O senhor teve todos os seus sonhos concretizados durante seu ministério no Brasil.?
B. R:  Eu diria que nem vim com tantos sonhos. Mas ao longo dos anos surgiram sonhos e eles se cumpriram. Falta ainda um movimento ainda bem mais missionário na AICEB. Mas creio que isto pode surgir ainda. Implantamos o movimento de mobilização missionário nomeado CIMA que tem por objetivo que as igrejas se tornem mais missionárias. Com o envolvimento de Paulo Barbosa, Dr. Afonso, Heber Negrão e outros da AICEB estamos esperançosos que a AICEB também vai se inspirar.




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